- 51

10 2 1
                                    

Minha expressão mudou, virei ela a colocando contra a parede e batendo a mão na parede. Ela me olhou meio assustada e logo voltou ao normal. Eu respirei fundo antes de falar tudo que precisava.

- Eles iam matar você! Eu não podia te perder! -gritei-

- O que? -ela perguntou sem entender-

- Eles sabiam tudo sobre você, tudo sobre minha família e todos os que eu amo! Eu não podia deixar que te machucassem! -disse e nossos olhares se cruzaram-

- Não minta para mim! -ela diz enquanto me segura pela gola da camisa-

- Eu nunca poderia fazer isso Lana... -disse enquanto olhava em seus olhos-

- Você queria me proteger? Porra! Eu sei me cuidar! -ela disse enquanto tentava se soltar-

- Sempre vou te proteger minha princesa. -disse antes dela me olhar-

- Que se foda! -ela me empurrou- Quero ir para casa.

- Eu te levo... -suspirei-

- Não precisa eu peço carona por aí. -ela disse e eu segurei sua mão-

- Por favor... -pedi-

Ela me olhou por um longo tempo e logo cedeu. Peguei meu casaco e coloquei nela antes de sairmos, suspirei vendo ela entrar no carro sem me falar uma palavra. Entrei no carro e comecei a dirigir.

- Está muito frio? -perguntei diminuindo o ar-

- Só um pouco... -ela diz enquanto olha pela janela-

- Quer que eu te leve para sua casa ou para a universidade? -perguntei-

- Podemos ir para sua casa? -ela perguntou enquanto brincava de desenhar no vidro-

- Por quê? -retruquei sua pergunta com outra-

- Ianny estará no meu quarto me esperando para dar um sermão e se for para casa minha madrasta vai encher minha paciência e sem falar que meu pai está de volta... -ela diz suspirando fundo-

- Certo. -disse e mudei a rota para meu apartamento-

Depois que voltei decidi abandonar a faculdade e cuidar da boate enquanto o assunto com os Costelos não fosse resolvido. Decidi comprar um apartamento para não colocar minha avó e Santiago em perigo.

- Chegamos. -disse estacionando o carro na garagem do prédio-

- Ui. -ela diz saindo do carro e vejo que ela bambeia, está bêbada-

- Vem aqui! -disse me abaixando e tirando seus saltos-

- Obrigada. -ela diz e eu me viro de costas para ela subir nas minhas costas-

- Se segura! -avisei enquanto entrava no elevador-

Ela não falava nada, apenas se segurava em mim como se eu fosse sumir a qualquer momento. Assim que chegamos no último andar do prédio e a porta do elevador se abriu e pude ver minha vizinha, ela me olhou de cima a baixo e sorriu.

- Carol que saudades! -ela mordeu os lábios-

- Olá Priscila. -disse seca e ela viu Lana-

- Quem é essa? -ela perguntou e eu apenas a ignorei-

- Sai da frente! -avisei-

- Não vai nem me chamar para brincar junto? -ela pergunta e eu começo a andar nem me importando se ela vai ficar na frente ou não-

- Melhor sair da minha frente! -avisei quando ela começou a andar também-

- Ah por quê? Aquele dia você não... -antes dela terminar tirei minha arma do coldre da cintura e apontei para ela-

Different Worlds Onde histórias criam vida. Descubra agora