Ódio é ÓDIO, Amor à Parte

1 3 - Por aí, sei lá, procura

Louisiana

Imagine, só imagine.

Você arranha um carro - especificamente um tesla. - de um garoto que fez a sua melhor amiga chorar e acaba sendo "secretária" de um adolescente bilionário mimado e mal educado, que nem tem nada a ver com isso.

Absolutamente nada.

Não afetou a conta bancária dele, a dignidade dele, o ego dele, a vida dele. Ele só está entediado e tá usando isso contra você por total de zero motivos.

Isso é ridículo certo? Isso é tão ridículo, que chega ser idiota pensar que isso aconteceria com alguém.

E eu tô me sentindo extremamente ridícula, por estar indo em direção ao Hunter filha da puta James, entregar um café e um croissant que custaram quatorze dólares.

A única parte boa disso é que ele me deixou ficar com o troco dos cem dólares que ele me deu. Tenho oitenta e seis dólares.

Na verdade setenta e oito, porque eu dei gorjeta.

Se ele reclamar eu acho que vou ser capaz de bater nele.

- Tá aqui chefia. - dei na mão do loiro o café e o croissant.

Ele estava parado do lado de fora do portão me esperando enquanto fumava um cigarro. Que estranhamente era cheiroso.

Como assim existe cigarro cheiroso?

Bom, ele é bilionário, é meio que obrigação dele fumar um cigarro decente.

"Cigarro decente", o que eu tô falando? Essa merda causa câncer.

Ok, fodasse o cigarro que ele usa.

- Esse café me parece ruim. - ele falou sem sequer olhar o café.

Eu vou matar...

- Você tem consciência de que você não especificou o tipo de café que você queria né? E nem o tipo de croissant que você queria. - cruzei os braços. - Então eu peguei os mais comuns. O café mais pedido e um croissant de chocolate.

Não tem como ele não gostar de chocolate.

- Tanto faz. - deu de ombros. Jogou a bituca de cigarro no chão e atacou o croissant.

Como se não comesse a um bom tempo.

Pra um bilionário ele não tem modos de se portar quando come.

Tudo bem, dinheiro não compra classe, a própria Blair Waldorf falou isso pro...

Não, não quero comparar ele com o Chuck. Por mais que ele pareça muito.

- Ótimo, tô indo pra aula.

- Depois verifica o celular, vai ter mais trabalhos pra você. - falou com a boca cheia me fazendo fazer uma careta.

Dinheiro não compra classe mesmo Blair.

- Tá, tanto faz. - falei e sai andando para a biblioteca pra matar o resto da aula.