3 2 - Primeiro bejo

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Hunter

— Tá vendo Hunter? — meu pai falou enquanto me apresentava a empresa central dos James. — Isso tudo vai ser seu daqui a cinco anos quando você tiver se formado no ensino médio.

Sorri com o sentimento de poder.

Meu pai e eu não nos conhecemos muito bem, mas eu acho que quando se trata de empresas a gente se entende.

Toda vez que vejo ele tratando de negócios — raras ocasiões, já que não vejo ele quase nunca. — sinto que eu nasci pra fazer isso também. Não para ser orgulho dos pais, ou fazer a vontade deles, mas eu realmente consigo me ver comandando todo esse império. Eu me sinto bem quando me imagino mandando em tudo isso.

Sempre me senti bem. Eu sempre soube que nasci pra comandar. Meus pais gostam que eu goste disso, evita conflito futuros caso eu queira lagar a herança da família e me tornar um surfista maconheiro em alguma ilha qualquer.

Eles tiveram sorte quando me fabricaram. Já que eles não conseguiram fazer nenhum outro herdeiro — até onde eu sei. — e não tem mais ninguém pra comandar isso tudo quando eles decidirem que só querem aproveitar da fortuna deles. Nem mesmo deixar esse império pro único sobrinho eles conseguiram, já que ele só pensa em basquete.

— Esse é o escritório principal da nossas empresas — "nossas"... por que eu fico tão feliz com isso? —, que fica localizado em Nova York, e tem mais dois, um na Europa e outro na Ásia. — sim eu sei. — E você terá que viajar constantemente para cada um deles. Então é importante que você aprenda Italiano e Mandarim.

Mas eu falo essas línguas. Eu falei pra ele. Ele já esqueceu?

É claro que ele esqueceu. Duvido que ele saiba que o meu segundo nome é Lucas.

— Eu já falo sete idiomas pai. — resmunguei ainda olhando ao redor da empresa que em breve será de minha posse. — sete.

— Fala? — virou me olhando com atenção. — Sete? — assenti. — Você tem treze anos né? — assenti novamente. Meu senhor. — E já fala sete idiomas? Uau... Quais você fala?

Velho burro. Idiota. Jumento.

Se você for diagnosticado algum dia com alzheimer pode ter certeza que eu vou te mandar pra um hospício bem escondido na Austrália.

— Eu obviamente falo inglês também espanhol, italiano, francês, alemão, mandarim e japonês. — cruzei os braços. — eu já te falei lembra?

— Eu realmente não lembrava, mas isso é ótimo, aprenda russo também. Tô pretendendo fazer negócios por lá também.

Eu já faço aulas de russo, mas não vou perder meu tempo falando. Ele não vai lembrar mesmo. E também ele não se importa realmente. Só falar inglês já é o suficiente.

— Tudo bem. — resmunguei soltando os braços. — podemos subir?

Eu quero ver todas as salas e escolher a minha preferida pra ser meu escritório. É bom que eu já planejo de agora como vai ser a decoração.

E também eu sempre gostei de ficar nas partes mais altas dos lugares.

— Já vamos subir. — falou pegando o celular do bolso. — deixe-me só encontrar a sua mãe, espere alí. — apontou pra um lugar onde não tinha ninguém.

Ódio é ÓDIO, Amor à Parte Onde histórias criam vida. Descubra agora