Louisiana
Enxuguei as lágrimas da minha bochecha que insistiam em cair pelo meu rosto.
Como assim ele morreu? Essa escritora é cruel. Ela não podia matar ele.
Estava tudo resolvido. Todos os problemas, todas as pontas soltas, eles finalmente estavam se entendendo e ela vai e mata ele?
Que ódio. Ela não tinha esse direito.
O pior de tudo é que ele morreu do jeito mais besta que você possa imaginar.
Ele caiu de uma árvore alta enquanto tentava pegar uma flor que ele tinha achado bonita para dar a sua amada.
Que jeito patético de se matar um personagem.
Não poderia pelo menos ter feito uma guerra? Sei lá, uma coisa mais relevante.
Imagina a protagonista dizendo para os filhos dela que o primeiro amor dela morreu por causa de uma flor?
Vai tomar no cu. Eu vou xingar tanto ela no twitter.
Isso é inadmissível.
Reprimo um soluço quando eu vejo a janela do meu quarto ser aberta e um garoto moreno alto de óculos e olhos azuis entrar fumando um cigarro preto.
Como assim?
Reconheci ele pelo rosto, mas não lembro o nome. Mas eu sei que ele é amigo do Hunter, já que eu sempre vejo eles juntos.
Levantei de supetão pronta pra sair correndo do quarto, mas antes que eu conseguisse alcançar a porta ele me pegou me jogando no ombro, me levou até a janela me jogando da mesma.
Sim, é isso aí.
Esse garoto invadiu o meu quarto e me jogou da minha própria janela.
Agora me diz, por que caralhos essa coisas estão acontecendo comigo?
Jesus Cristo, não me impressiona ele ser amigo do Pinscher.
Sinto meu corpo ser pego por outro garoto de braços fortes antes de eu me espatifar no chão e me arrastar pra um carro branco.
Eu só queria sofrer em paz cara. Puta que pariu.
Me debato tentando me soltar do agarre dele igual um peixe quando é posto fora da água.
Ele só solta uma risada com o meu jeito estranho de me defender, e eu sinto o hálito quente na minha nuca. Quente até que demais.
Sinto um cheiro forte de álcool quando viro a cabeça um pouco pro lado e reconheço na mesma hora mesmo sem ter olhado o cara no rosto.
Jonathan. Ou melhor, John.
- Só pode ser brincadeira. - resmungo com ódio quando sou jogada no banco traseiro do carro.
Antes que eu possa tentar sair o garoto que fede a cigarro trancou as mesmas rapidamente me impedindo de sair.
- Que merda é essa? - perguntei indignada e o garoto lançou um olhar sugestivo pro John enquanto começava a dirigir.
Que porra tá acontecendo?
- Você percebeu que ela sequer gritou? - o moreno falou pro John que me lançou um olhar curioso.
- Você tem problema de garganta meu bem? - ele perguntou educadamente inclinando a cabeça e eu sorri com irritação.
Eu já estou ficando maluca da cabeça.
O que eu fiz pra merecer isso?
- O que vocês dois pensam que estão fazendo? - perguntei irritada. - e quem é você chaminé? - perguntei pro moreno que riu e fez questão de pegar mais um cigarro acendendo o mesmo dando uma tragada.
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Ódio é ÓDIO, Amor à Parte
Romance"Ódio ou amor? Qual sentimento é mais forte?" Hunter é um garoto cujo o maior talento é fazer festas, aquelas típicas festas de ensino médio americano. No último ano do ensino médio ele conhece uma garota novata na escola que consegue despertar uma...