1 8 - Por que ela não grita?

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Louisiana

Olhei pro garoto de cabelo cacheado com ódio.

– Vão procurar o que fazer. - falei seria. - Eu não tô pra brincadeira.

– E quem disse que nós estamos brincando? - o ruivo falou passando a mão na minha coxa e eu bati na mão dele retirando a mesma.

– Isso é nojento da parte de vocês. - falei sentindo minha garganta secar e as lágrimas enxerem meus olhos.

– Então por que você não grita? Por que não pede socorro pra alguém? Você tá quieta aí... Nem tentou gritar. E a gente nem te ameaçou ainda. - o de cabelos escuros falou com um sorriso e eu olhei pra ele.

Eu simplesmente não consigo gritar. Porra, eu sou tão fodida.

— É isso aí Louise, grita vai. - o ruivo falou com um sorriso enorme e começou a me balançar.

Eles sabem meu nome?

— Pede ajuda, anda! - o cacheado gritou. - Grita por socorro. - continuei quieta. - Por que ela não grita Daniel? - o ruivo perguntou para o garoto de cabelos negros.

Ele era bonito. Alto, negro, forte, de sorriso lindo e claro, boca carnuda... Ele tinha um físico perfeito de um jogador de basquete.

– Eu não faço ideia. - falou o tal do Daniel. - mas é isso é bem interessante. - falou e olhei para os lados procurando o Miles.

Cadê aquele cachorro?

– Vamos ver até onde ela aguenta. - o ruivo falou e tentou puxar a minha blusa pra cima, mas eu cruzei os braços impedindo ele. - qual é o problema dessa garota?

– Meu problema? Qual é o seu problema garoto! - gritei com odio e o mesmo sorriu.

– Hm, ela sabe gritar. - revirei os olhos.

– Mas só pra falar besteira. - o cacheado falou. - grita pedindo ajuda vai Louise. - passou a mão nos meus peitos me fazendo sentir nojo. - Grita, grita agora. - falou e eu chutei o garoto na minha frente com o máximo de força que eu consegui fazendo o mesmo cambalear pra trás.

Eu tentei sair correndo, mas um deles me puxou de volta.

Porra!

– Não tenta fugir da gente amor, a gente é tão legal. - o de cabelo cacheado falou no meu ouvido apertando o meu peito mais uma vez.

Senti minha garganta esquentar e uma grande vontade de vomitar. Que nojo de mim mesma.

Que nojo deles.

– Por favor. - falei com a voz chorosa. - me deixa em paz... Por favor.

– Daniel o que vamos fazer com ela? - ele perguntou me ignorando.

– O de sempre. - falou com um sorriso e ele veio se aproximando.

O de sempre?

Não...

Os passos dele foram interrompido por um cachorro pulando nele, derrubando o mesmo no chão e mordendo ele que gritava assustado.

Ódio é ÓDIO, Amor à Parte Onde histórias criam vida. Descubra agora