2 4 - O garoto híbrido

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Louisiana

Olhei pro chaminé que andava pela festa comigo no ombro atraindo o olhar de muita gente.

Tipo, todo mundo da festa.

Acho que eu quero matar alguém.

- Onde tá o Hunter? - Cater perguntou pro John que mexia no celular concentrado.

- Lá em cima. - falou simples e o Cater foi em direção as escadas. - No quarto dele.

Porque caralho esse cara tá no quarto dele com uma festa do caralho rolando aqui em baixo?

Duvido que ele esteja me esperando.

- Por que ele tá no quarto dele? - Cater perguntou confuso.

Até ele acha o amigo estranho.

Tá vendo que eu não tô louca?

- Adivinha? - John lançou um olhar divertido na direção do pulmão preto que pareceu entender.

- Ah, sim...

Ah, sim? Ah, sim, o que?

Do que eles estão falando?

- Ah, sim, o que chaminé? Fala logo. - ele me balançou fazendo o meu cabelo voar na minha cara.

- Quem te deu permissão de me chamar de chaminé em Melancia? - perguntou e o John riu.

- Quem te deu permissão pra me chamar de Melancia? - perguntei no mesmo tom e o John riu ainda mais.

Porém mantinha os olhos no celular.

- Ninguém mandou ter esses peitões. - falou e eu soltei uma risada indignada.

- E ninguém mandou feder a cigarro. - olhei pro alcoólatra que ria do nosso diálogo.

Esses dois são chatinhos demais.

- Chegamos Melancia. - falou o Cater abrindo alguma porta de um cômodo escuro e grande demais.

Demais.

Sério, eu tô falando demais mesmo.

Que porra de quarto do caralho é esse?

Pra que esse tamanho?

- Melancia? - ouvi a voz do loiro que me irrita toda vez que tem a oportunidade.

Porém não consegui ver o rosto dele por cima do ombro. Esse chaminé não para quieto.

- Qual é o seu problema? - reclamei olhando pro Hunter quando o meu corpo foi jogado do lado dele que estava deitado sem camisa na cama, com os braços apoiados na nuca e um sorriso no rosto.

Odeio admitir que ele é irritantemente lindo.

Ah, que porra que eu tô pensando? Chega disso.

- Boa noite pra você também, Ana. - cerrei os olhos.

Por que ele tá me chamando de Ana?

Isso me lembra o nome da minha vó por parte de pai. Mas estranhamente não me incomoda tanto quanto deveria me incomodar.

- A gente já tá saindo Melancia, boa sorte. - Cater falou indo até a porta.

- Como assim Melancia, Cater? - Hunter perguntou confuso e o John abriu um sorriso enorme.

Enorme mesmo.

Parecendo o Coringa.

- Os peitões dela. - o moreno falou simples tirando um cigarro do bolso e saiu do quarto sendo acompanhado do John que continuava mechendo no celular.

Ódio é ÓDIO, Amor à Parte Onde histórias criam vida. Descubra agora