2 5 - Irmã do Cater

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Hunter

Olhei pra Ana que estava sentada no balcão bebendo vinho sem parar.

Eu realmente achei que ela não consumia álcool.

Pensei que fosse puritana demais pra essas coisas, que a vibe dela fosse livros, romance e blá, blá, blá, mas pelo visto eu estava errado... mas tá, fodasse quem liga?

Isso importa pra quem?

Cerrei os olhos pensando em como eu poderia irritar ela.

Ela parece já ter aceitado o fato de que vai ter que conviver comigo pelo o tempo em que eu quiser, e também aceitou o fato que vai ficar na festa em que ela não queria estar... pelo tempo que eu quiser.

Ela até parece estar à vontade naquele balcão.

O que é estranho, porque ela nunca parece estar à vontade em nenhum lugar.

Ela não parece gostar dessa cidade.

- Tá olhando pra Melancia a uns dois minutos seguidos. - Cater falou chegando perto da minha pessoa. - acho que você tá querendo ela.

Eu? Não, caldo que não. Ela não faz meu tipo.

Acho que preferiria bater a porta de um carro no meu pau.

- Eu não. - falei rápido. - e quem inventou esse negócio de melancia hein? - perguntei curioso tentando acabar com esse assunto ridículo de vez.

Essa garota além de ter um nome feio é insuportável.

Eles sabem muito bem de quem eu gosto.

É de uma loira gata que eles odeiam. E morenas não fazem meu tipo. Não sei porquê de ele está me dizendo esses absurdos.

- Foi o John. - falou simples apontando pro meu amigo que estava olhando pra alguma garota aleatória enquanto bebia vodca direto da garrafa.

Se ele continuar desse jeito vai virar alcoólatra antes dos trinta. Não que ele já não seja um.

- Apelido criativo né? - falei lançando um olhar pra morena que rodava os olhos por toda a festa parecendo na estar vendo nada de interessante.

- Hm... - resmungou. - Vem cá loirinho, por que você tá obrigando a garota a participar das suas festas em? Já que você não quer nada com ela, por que?

Boa pergunta... É uma coisa que eu não sei responder.

Tô achando que é porque eu gosto de irritar ela, mas algo me diz que tem algo a mais, que eu não faço ideia do que seja.

Porém eu sei que eu odeio ela. E sei que é estranho eu obrigar ela a ficar por perto. Porém eu não consigo parar. Eu não quero parar.

- Quando eu descobrir eu te falo. - ele soltou uma risada de escárnio.

Ele deve achar que eu tô fazendo alguma coisa pra pegar a garota. Que de fato é bem bonita.

Porém eu não quero ela. De jeito nenhum, deus me livre.

Mas eu quero ela por perto. Só não sei por qual motivo.

- Você consegue ser bem estranho quando quer. - falou e pegou o milésimo cigarro do dia e colocando entre os lábios.

Ele é viciado nisso desde os nove anos.

Ele não cresceu em um ambiente muito saudável.

E eu sei que ele nunca conseguiria parar totalmente de fumar, o que é ruim pra ele. E ninguém consegue fazer ele parar.

Ódio é ÓDIO, Amor à Parte Onde histórias criam vida. Descubra agora