Capítulo 20 - Noite Sombria

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Ponto de Vista Moira

Esperei até a noite e mais um pouco depois disso, andando de um lado a outro na minha barraca até o tapete começar a pinicar meus pés e o espaço se tornar sufocante.

Finalmente aceitei que ele não viria, mas aceitar passar essa noite sem ele era outra história. Calcei meus sapatos, vesti o robe sobre a chemise e saí para o ar frio, a fogueira em brasas iluminava muito pouco mas o luar prateado que entrava pela porta escancarada da catedral me deixava ver toda a magnitude do local.

A barraca que Charles dividia com os outros estava a alguns metros, abri lentamente os fechos da entrada e passei pela lona. Uma luz fraca e quente na mesa rústica no centro iluminava as três cortinas em volta, não precisava olhar atrás delas para saber onde Charlie estava.

Seu barulho mais parecido com um urso hibernando que com o ronronar de um gatinho me levou para a esquerda.

Afastei a cortina e parei por um tempo, observando a silhueta do seu corpo que mal cabia na cama de armar.

Um braço e uma perna para fora, caídos no chão. O peito subindo e descendo pesadamente enquanto o ar saía ruidoso por seus lábios abertos. Imaginei que sua boca estivesse seca e quis desesperadamente molhá-la com minha umidade.

Me aproximei devagar e me inclinei beijando sua testa algumas vezes e descendo para seus lábios.

- Moira - ele sussurrou com a voz sonolenta.

- Estou aqui.

Charlie subiu a mão pela minha coxa até a curva acentuada acima por baixo da chemise, arrepiei com seu toque e ainda mais quando seus dedos alcançaram a calcinha puxando para baixo.

Me livrei da peça sem separar nossos lábios e a enfiei sob seu travesseiro, torcendo para que Charles estivesse acordado o suficiente para entender o que eu estava fazendo.

Acariciei seu cabelo e me levantei, Charles levantou o queixo procurando meu beijo outra vez mantendo os olhos fechados, o que me fez sorrir.

Levantei a camisola, passei a perna esquerda por cima de sua cabeça e apoiei o joelho no travesseiro, ele virou o rosto deixando beijos sedentos em minha coxa e enquanto eu me abaixava ele avançava.

Fechei a mão em seu cabelo ao sentir seus lábios nos meus pela primeira vez, Charles abria e fechava a boca de forma preguiçosa, seus braços deram a volta na minha coxa e senti seus dedos apertarem a parte de dentro.

O calor passava de mim para ele e vice-versa, suas chupadas começaram a ficar mais intensas e Charles moveu sua língua em meu clitóris, quando eu estremeci ele acordou, suas mãos me apertaram me puxando para baixo e ele gemeu aumentando os movimentos.

Mordi o lábio com força para controlar meus gemidos, apertei mais seu cabelo sentindo alguns fios se soltarem do couro cabeludo.

Charles subiu as mãos pela minha bunda e cintura antes de as transferir para meus cotovelos, estremeci mais uma vez com o que estava por vir. Ele desceu mais até envolver meus pulsos apertando firmemente enquanto levava meus braços para trás.

Minhas unhas roçaram em seu peito e me senti livre para rebolar cada vez mais rápido ainda controlando os gemidos, arrastando meu corpo para frente e para trás, sua boca se fechava sugando toda a minha intimidade e depois ele fazia a língua dançar no meu clitóris.

Senti que ia gozar, minhas pernas tremeram e se fecharam apertando sua cabeça entre elas, tive medo de sufocá-lo mas não consegui controlar. Meu interior pulsava e senti uma necessidade louca de te-lo dentro de mim.

Charles soltou meus pulsos e usei as últimas forças que tinha para escorregar meu corpo para baixo sentindo a forma do seu membro ainda coberto pelo lençol.

Charlie levou um dedo a boca pedindo silêncio e assenti, mesmo o desejando não pude deixar de me esfregar, ele começou a puxar o lençol para baixo, o tecido rústico arrastava na minha pele arranhando as partes sensíveis até que nossos corpos se unissem, pele com pele.

Rebolei encaixando na minha entrada e desci totalmente engolindo seu pênis inteiro de uma vez, Charles enrijeceu o abdômen e agarrou meu quadril movendo meu corpo de um jeito que me dominava mas era carinhoso ao mesmo tempo.

Forte e suave, não tentei entender a sensação, apenas me entreguei buscando o prazer da noite anterior.

Pov Charlie

Eu estava totalmente acordado agora mesmo isso ainda parecendo um sonho. Moira, a garota rica e perfeita, na minha barraca rude com meus lençóis de viscose, rebolando em mim sobre uma cama de armar. Sem luxo.

Seu corpo cheirava tão bem que a abracei junto a mim enfiando o nariz na curva de seu pescoço, a deixando rebolar sozinha.

Eu estava tão perto que precisei me concentrar, inútil. Minhas bolas doíam de tão cheias, as veias expandindo causavam uma euforia sem igual.- Tudo bem, deixa vir.

- Vem comigo - coloquei minha mão entre nossos corpos e pressionei o dedo em seu clitóris, mas sem mover, deixando que ela se esfregasse enquanto sentava.

Ela se fechou, apertando meu pau dentro dela. Segurei sua bunda macia e a puxei para cima, minhas mãos escorregaram pelas suas coxas trêmulas enquanto meu próprio corpo sofria espasmos de prazer.- Dorme comigo hoje - sua voz saiu fraca.- Todos os dias, se depender de mim.

Ela sorriu contra meu rosto, ficamos ali por alguns minutos mas não podia dormir ou nos pegariam de manhã.

Não que eu me importasse, mas a idéia de outra pessoa ver seu corpo nú me incomodava. Chamei seu nome em um sussurro e ela gemeu mas conseguiu se levantar.

Vesti uma camisa e joguei a calça sobre o ombro, não fazia sentido vestir se ia tirar logo depois.

Saímos da barraca mas paramos alguns passos depois, Moira ficou tensa e abracei seu corpo rígido por trás. Me abaixando para sussurrar em seu ouvido.

- Leão da montanha - sobre o rosnado que ouvimos - não se mova.

Uma sombra interrompeu a luz da lua e olhei de canto de olho para a porta aberta, era o maior que eu já vi, um macho enorme e jovem. Não seria uma briga fácil mesmo com a varinha.

Enquanto me arrependia de não ter pego a espada, o animal cruzou a porta para o outro lado sem entrar na catedral. Respirei aliviado e deu um toquinho nas costas de Moira.

Atravessamos o restante do espaço até a tenda de Moira e ela se virou bruscamente assim que entrou.

- Você viu os olhos dele?

- Estava mais preocupado com os dentes.

- Charlie, eles eram humanos.

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