Capítulo 11 - Perseguição no telhado

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Pov Charles.

A música e a atmosfera luxuriante da taverna era capaz de seduzir mais que jovens marujos e viajantes desavisados, por sorte, eu já estava acostumado com o lugar a bastante tempo. Tanto que nem mesmo o sorriso de Vivien seria capaz de me tentar tanto assim.

Em todo caso, lá estava eu, subindo as escadas a caminho do quarto dela e ignorando o olhar impassível de Moira.

A porta se abriu na minha frente e o vapor quente me atingiu antes mesmo de entrar, me obrigando a tirar a jaqueta.

Brutus entrou e não se preocupou em achar um lugar para deitar deixando o corpo cair no assoalho.

- Belos ombros - disse a garota morena deitada na cama, o lençol cobrindo nada mais que suas partes íntimas.

- Olá, Ariadne.

- Duas pelo preço de uma, Weasley. Vai recusar? - perguntou estreitando seus olhos verdes semi cobertos pelos cachos volumosos.

- Charles não veio para isso.

Vivien andava pelo quarto soltando os grampos do cabelo escovado.

- A trabalho?

- Sim, acho que ouviu falar dos dragões.

- As notícias correm rápido por aqui, mas ver... foi ainda pior.

- Você viu? - agora eu estava realmente intrigado, me sentei na ponta da cama ignorando seu corpo nú.

- Aconteceu a algumas horas - quem respondeu foi Vivien - estávamos atendendo um cliente quando ouvimos.

- Eu estava virada para essa janela - Ariadne apontou para o lado que dava de frente para o mar - vi o dragão ser atingido por um raio, o que foi estranho já que não havia nuvem alguma.

- Qual era a cor do raio?

- Vermelho - ela balançou a cabeça e se levantou vestindo suas roupas - e aí ele caiu, no mar.

- Em alguns dias as ondas vão trazê-lo para a margem.

- Eu sei mas não vai ajudar muito, já temos três dragões e não descobrimos nada com os corpos.

- Tenho que trabalhar, gatinho - Ariadne beijou meu rosto e saiu logo em seguida.

Senti Vivien subir de joelhos na cama atrás de mim, suas mãos apalpando meus ombros em uma tentativa falha de massagem, a essa altura era impossível tirar minha tensão.

- Não era um raio, não é?

- Vermelho? Não. Magia.

- Mas a essa distância? Tem algum palpite do que está acontecendo?

- Não mas me sinto estranhamente atraído pra dentro da montanha.

- Algo sobrenatural ou a auror? - suas mãos desceram pelos meus braços.

- Moira e eu temos o mesmo objetivo mas o palpite dela é só sugestão de uma camareira. Ela não tem nada além disso. O que eu sinto é como um chamado.

- Desculpa, Charlie. Mas isso é muito estranho.

- Eu sei. No entanto estou indo para catedral atrás dela.

- Santierra e o cara esquisito vão com vocês?

- Acredito que não, eles cobram caro e o Ministério nem está me pagando quem dirá a uma pirata.

- Eu posso ir com você.

- Não - me levantei bruscamente fazendo Vivien cair na cama, ela não se importou, apoiou-se nos cotovelos e me encarrou - já estou tendo que lidar com Mordaque.

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