Semana seguinte, sexta.
Kate e eu não nos vemos desde o piquenique. Nossos horários não estavam combinando, principalmente agora que voltei a trabalhar e vai ser definitivo, mas desde então andamos conversando por telefone com frequência.
Quase todo dia separamos um pouco do nosso tempo pra conversar por ligação. Algumas são mais breves e discretas, quando não estou sozinha em casa. Outras são mais longas e cheias de palavras de amor.
Tenho medo de como isso vai impactar na conta de telefone desse mês.
Na ligação mais recente, essa noite, Kate comentou que já estava entediada de ficar só em casa ou na casa do primo e eu quase por impulso a convidei para sair nesse domingo, sem nem saber pra onde iríamos com o objetivo de fazer o que já venho querendo há um bom tempo.
Liguei para Steve em busca de ajuda, precisava ter alguma ideia de como fazer aquilo e um pouquinho de coragem pra não desistir no meio.
— Compra algo tipo uma caixa de bombons ou uma flor, ela vai gostar. — Sugere.
— Muito clichê, mas talvez funcione... — Digo considerando a ideia.
— Vocês vão sair depois de amanhã, não vão?
— Vamos. — Respondo.
— Você tem que levar ela pra um lugar romântico, mas não cheio de gente. Tem que ser o momento de vocês.
— Sim, gosto disso, mas onde?
Ele para por um momento, pensando na questão.
— Que tal o Lago dos Amantes? — Diz ele, enfim.
— Sim!! O Lago dos Amantes!! — Exclamo. — Como ela chegou recentemente em Hawkins, ela nunca deve ter ido lá!
— Melhor ainda! — Responde Steve.
— É isso, amanhã eu compro alguma coisa pra ela antes do trabalho e domingo eu levo ela lá! — Concluo animada com a ideia.
— Boa, com certeza ela vai adorar!
Começo a imaginar cenários, o que eu poderia falar pra ela e várias formas como a situação poderia se desenrolar e, por consequência, como isso poderia dar errado.
— É, vai sim. — Não consigo esconder o desânimo ao pensar nela dizendo não, no relacionamento ficando estranho...
— Ah, não, Robin! — Me arranca dos meus pensamentos. — Que tom é esse? Você tava super animada 5 segundos atrás.
— Se eu te falar, você vai me xingar! — Digo forçando uma voz chorosa e ele ri do outro lado da linha.
— Não vou, Robin. O que é? — Diz, a voz suave.
— E se ela disser não?
— Vou sim. — Volta atrás.
— Steve!! Você falou que não ia me xingar! — Protesto.
— Porra, Robin, em que mundo ela ia recusar? Vocês tão claramente apaixonadas.
— Mas e se ela achar que as coisas tão indo rápido demais e disser não, aí a gente ficar esquisita uma com a outra e o relacionamento desandar...
— Duvido, ela é tão emocionada quanto você. — Ele diz e eu rio com o comentário.
— Talvez, só que eu sou paranoica! Eu acho que eu vou perder a coragem. — Pronuncio com uma pontinha de desânimo.
— Não vai não porque amanhã você vai passar uma tarde inteira comigo na locadora e eu não vou deixar você desistir! Então faça-me um favor e não deixe de comprar seja lá o que você quer comprar pra ela mesmo se sentir que tá sem coragem. — Diz autoritário.
— Não vou! — Respondo determinada.
— Deixar de comprar ou desistir?
— Os dois!
— Amém!
Finalizamos a ligação depois de conversarmos por mais alguns e minutos.
Fui dormir ansiosa pro dia seguinte tentando não ser completamente consumida pela paranoia.
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Whispering Secrets - Robin Buckley
Fanfiction* Uma nova garota chega à cidade depois de passar por grandes inconvenientes na sua cidade natal. Em hawkins, Kate conhece novos amigos, dentre eles, Robin. Pin usado pra capa de @Koreanoli Maiores ajudantes da fic:: Joana (@joanaabw); Max (@mayagfw...