Whispering Secrets - Robin Buckley

Cap. 39

Esse capítulo não seria metade do que ele é sem a ajuda enorme da Aphros_venus 🤭♥

Ponto de vista Kate Morgan

  Estava ansiosíssima para a chegada de Robin, visto que só tínhamos nos falado por telefone nos últimos dias.

  Minutos antes das 14h, a campainha tocou. Enquanto eu terminava de calçar meus sapatos, meu pai atendeu e, em alguns segundos, ouvi passos na escada e uma batida na porta.

— Tô indo! — Falei sorrindo, já sabendo quem era. Ela, em contraste com meu pai, não abre a porta imediatamente após bater.

  Quando abri a porta, encontrei do outro lado uma Robin sorridente que acenava pra mim.

  Com um pulo a abracei, a garota se surpreendeu, mas retribuiu no mesmo instante.

— Pronta? — Perguntou quando eu a soltei.

— Pronta. — Respondi.

  Descemos as escadas e fomos nos despedir de meu pai, não antes de uns minutinhos jogando conversa fora.

  Conversávamos enquanto caminhávamos, apesar de não ter nenhuma grande novidade pra contar devido às ligações frequentes.

  Conversamos principalmente (com direito a muitas lamentações) sobre a volta às aulas, assunto que acabou trazendo à tona a questão de o que faríamos depois da escola.

  Falamos sobre nossas "profissões dos sonhos", Robin revelou almejar cursar artes visuais, mas infelizmente não ser possível, já que Hawkins, segundo ela, é um ovo e não tem nada desse tipo. A garota é encantada por pintura e, se não fosse por infelizes limitações, gostaria de viver disso.

  Eu, por outro lado, me interesso por história. Apesar de a escola apresentar a matéria de maneira nada dinâmica, é, na verdade, bem interessante estudar tudo o que nos trouxe até aqui. Acredito que é necessário olhar para o passado para compreendermos o presente. Me imagino no futuro trabalhando com isso.

  Caminhamos juntas conversando por mais uns bons minutos. Percebi que estávamos indo em direção às árvores que circundam Hawkins, mas não imaginei que fôssemos entrar até estarmos a menos de 3 metros de onde termina a estrada e Robin ainda não ter mudado de direção.

— Nós vamos entrar? — Perguntei andando hesitantemente, com um pouco de medo, mas empolgada também.

— É o plano. — Respondeu rindo, um pouco nervosa. — Tudo bem?

— Claro — disse —, eu gosto da ideia! Desde que a gente não tope com uma cobra ou algo assim. — Ri nervosamente dando o primeiro passo para fora da estrada.

  Ela sorriu e avançamos floresta adentro.

— Você tem um bom senso de direção, né? — Eu disse meio séria, meio brincando.

— Confia em mim. — Respondeu convencidamente. Levantei as mãos em rendição, rindo em seguida.

  Depois de alguns metros pisando com cuidado entre folhas caídas e raízes de árvores, Robin se aproximou de mim e enlaçou seus dedos nos meus. Senti meu rosto esquentar enquanto surgia em meu rosto um sorriso que eu não podia evitar. Ao olhar para ela, notei que também sorria. Me virei para ela sem parar de caminhar e, com a mão livre, coloquei uma mecha de seu cabelo para trás da orelha. Percebi que seu rosto também havia ficado vermelho.

— Depressa. — Disse com uma risadinha, andando um pouco mais rápido e me puxando junto.

— Tô indo! — Me esforcei para apressar o passo.