Capítulo 10 Ataque real 2

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-Mãe!!!

Disparo a correr com intuito de salvá-la. Minhas pernas estão trêmulas, mas não o suficiente para me parar. Nem sei como desci as escadas com tanta pressa. Chego em casa, lá as luzes estão bem acesas, não sei se havia acabado de chegar, ou somente no celeiro que faltou. Não tenho tempo para análises.

Adentro a casa chamando por minha mãe, uma angustia se apodera de mim, mas é a cena que presencio que me arrebata deste mundo. Mamãe está deitada no chão desmaiada, há sangue por todo o carpete, ela tem um corte no braço, provavelmente tentara se defender usando-os. Não consigo identificar nenhum outro ferimento.

-Mãe! -Começo a berrar desesperada com a cena, tudo que penso agora é se ela estava viva ou morta. Minha cabeça gira, estou sem apoio nas pernas. Eu não poderia perder aquela mulher. -Por favor, acorde! Não faça isso comigo! -Bato de leve em seu rosto e não obtendo respostas, fico ainda mais inconsolável.

Verifico os seus punhos, ainda tem batimentos, mesmo que bem fracos. Não sei se bateu a cabeça ao cair, mas sei que fora atacada e nada me tira da cabeça que tenha sido o assassino. Meu Deus! Estamos vulneráveis, sem proteção alguma. Olho para o redor, não consigo encontrar nada. É evidente que, seja ele quem for, já teria ido embora faz tempo.

Encontro o celular de minha mãe no bolso de sua calça, encontro o número do xerife logo de primeira.

-Alô, Graham! Graham, minha mãe foi atacada, por favor venha depressa, eu não sei se aguentará por muito tempo. -Desligo o telefone com o namorado da minha mãe em choque do outro lado da linha com a promessa de vir o mais rápido possível.

Não demora muito para que a propriedade esteja repleta de ambulâncias e a equipe de Graham vistoriando o local. Me jogo nos braços dele, estou tão assustada. Morrendo de medo que aquela desgraça recaísse sobre nós.

-Calma, Rosé. Ela vai ficar bem, não foi nada grave, fique calma. -Ele tenta me acalmar, mas é inútil. Choro por tudo, por tudo que tem acontecido desde que chegamos. Por todo o medo que tenho de enfrentar desde que chegamos a Forest Grove.

Acompanho minha mãe na ambulância. Há curativos em sua testa, e um balão de oxigênio. Acredite, ver sua mãe, a pessoa que você mais ama nesse mundo, sendo hospitalizada, é a pior coisa que existe no mundo. Nem quero pensar se alguma coisa mais grave pudesse ter acontecido.

A maca que ela está deitada é levada por três paramédicos até dentro do hospital. Tento segui-los, mas sou impedida logo antes da sala de atendimento. Eu não consigo parar de chorar, uma onda ruim me atinge. Meu peito está tão apertado que me sufoca. Acho que se passam quase duas horas desde que minha mãe entrou e não sai. Meus pensamentos não estão me ajudando, não consigo parar de pensar o pior. As chances dela ter batido a cabeça são grandes e é isso que me enlouquece.

-Jack! -O xerife chega no hospital, está bem sério, mas eu sei que está preocupado e morrendo de raiva.

-Não há pistas do desgraçado, aquele maldito não deixou nem um único rastro! -Ele grita tão forte que cospe.

-E agora? -Meus lábios estão trêmulos.

-Vocês vão pra minha casa, até as coisas resolverem. Eu já conversei com a sua mãe sobre isso, agora acho que essa é a hora. Vocês não podem ficar sozinhas naquele lugar. O maldito ataca apenas perto da propriedade, vão está seguras lá. -O abraço com força, é tudo que mais quero, ficar segura. Não dá para voltar depois de tudo.

-Quem é responsável por Monica Park? - O médico aparece finalmente. Me manifesto. -Ela está acordada. -O alívio me toma de um jeito que sinto todo aquele peso sair de cima de mim. Posso jurar que é possível flutuar.

𝐌𝐢𝐬𝐭𝐞́𝐫𝐢𝐨 𝐞𝐦 𝐅𝐨𝐫𝐞𝐬𝐭 𝐆𝐫𝐨𝐯𝐞 - 𝑪𝒉𝒂𝒆𝒔𝒐𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora