Capítulo 11 Mais perguntas do que respostas

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Acho que passa-se alguns longos minutos que Jisoo e eu estamos nos abraçando daquele jeito. Minha nuca é acariciada por ela com tanta delicadeza que atenua toda turbulência dentro de mim. Aquele abraço é tão bom que não sou capaz de pensar em mais nada. 

—Jisoo, por favor, me explica? 

Preciso entender os motivos dela, preciso saber se não estava brincando comigo. Jisoo é uma mulher difícil, não quero correr o risco de ser enganada por ninguém. Seria destrutivo levando em conta o que sinto. 

—O que há para explicar, se nem eu consigo entender? —Esfrego meus dedos em seus cabelos, para olhá-la nos olhos. Aquele sorriso é perfeito. —Eu nunca senti nada parecido, Rosé. Eu estava lá, vivendo  como se não existisse mais nada melhor. Você chegou e percebi que... que eu não preciso ficar sozinha pelo resto da vida. 

— Você nunca precisou. Existem muitas pessoas que com certeza cairiam ao seus pés, você que não dá brecha para ninguém se aproximar. — Ela balança a cabeça com um sorriso de confirmação estampado. 

— É aí que tá. Eu nunca contei nada sobre mim como contei pra você. Não confio nas pessoas, vivi a minha vida inteira tendo a certeza que elas traem, machucam e magoam. Eu sei que você não é assim, Rosé. Você é boa demais, um anjo capaz de me libertar de toda essa couraça que vesti durante tantos anos. 

Não desvio os meus olhos dos dela, não sei o que dizer, na verdade gosto desse papel. Adoro o fato de ser tão importante assim para ela. Fico em choque com as suas palavras, não sei o que fiz. 

—Jisoo, o que você falou pra mim outro dia eu... 

—Eu estava morrendo de ciúmes! —Altera a voz, toda transtornada de novo. Me afasto por conta da sua grosseria. —Desculpe. 

É claro que ela percebe que não consigo me acostumar com o seu jeito, por mais que eu tente. A coreana tem noção do que causa às pessoas. 

—Eu preciso ver a minha mãe. —Tento sair, mas ela me puxa. 

—Roseanne, por favor. Não sou uma pessoa fácil em lidar, eu entendo. As pessoas vão embora porque não suportam, muitas vezes eu não ligo, não faz diferença para mim. Mas você... odiei vê-la de papinho com a idiota da Lalisa. Minha vontade foi de matá-la! —Ela range os dentes, e aperta as mãos com força. Arregalo os olhos, pelo seu ataque de fúria. 

—Você está me assustando, Jisoo. 

—Não! —Ela me abraça de novo com força, como se não quisesse mais me soltar. Sua testa cola na minha. Sua respiração está alterada. —Desculpa, desculpa, desculpa. Eu não quero assustar você. É a última pessoa que quero fazer isso.

—Jisoo, não precisa pedir desculpas. A Lisa é só uma amiga, não temos nada. Não tenho nem interesse. —Seguro seu rosto fazendo-a me olhar. —Você é a mulher que me interessou desde o primeiro momento. —Seus lábios vão se curvando lentamente e seus olhos diminuindo em um sorriso fofo e satisfeito. Parece mais tranquila, bem mais aliviada. —É sério, não é fácil eu gostar de alguém assim tão rápido.

Recebo um beijo doce na boca, bem mais pacífico e suave. O sabor do seu beijo melhora cada vez mais, e cada vez mais me sinto apaixonada por ela.

—Sério... Você é tão compreensiva. —Murmura no meu ouvido e se afasta para me fitar. — Olhar nos seus olhos assim me deixa calma. — Ela coloca uma das mãos no meu rosto o acariciando — Vem para a minha casa, você vai ficar segura lá.

—Já combinei com o xerife, vamos ficar na casa dele. — Trato de adiantar.

—Xerife Graham? Aquele idiota? —Parece que Jisoo detesta todo mundo. Assinto. 

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⏰ Última atualização: Mar 19, 2023 ⏰

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𝐌𝐢𝐬𝐭𝐞́𝐫𝐢𝐨 𝐞𝐦 𝐅𝐨𝐫𝐞𝐬𝐭 𝐆𝐫𝐨𝐯𝐞 - 𝑪𝒉𝒂𝒆𝒔𝒐𝒐Onde histórias criam vida. Descubra agora