- O que? - escutei Carolyna falar - Por que você tá me olhando com essa cara? - ela perguntou, sorrindo de canto.
-Não sei. - falei - Não posso olhar? - ela franziu o cenho, chegando mais perto.
- Não. - empurrou meu ombro, fazendo-me deitar no chão. Olhei para a sala toda e não consegui ver nada, não havia nada. Apenas eu e Carolyna ali.
-O que você tá fazendo? - perguntei – Ela estava em cima de mim, segurando meus braços. Ela chegou mais perto, encostando sua boca na minha mandíbula e mordendo ali bem devagar. Puta que pariu. Eu soltei um gemido baixo e a vi morder o lábio, o que me deixou em uma situação ainda pior.
-Nada. - falou perto da minha orelha - Não estou fazendo nada. - mordeu meu lóbulo e eu fechei os olhos com força - Está gostando? - perguntou e eu assenti -Eu estava ficando louca.
Escutei alguém chamar meu nome e abri meus olhos novamente. Carolyna já não estava lá e eu olhei para os lados. A sala, que estava completamente branca, começou a escurecer. Continuei deitada e fechei os olhos, escutando meu nome novamente, e de novo, e de novo.
Abri os olhos novamente e vi Malu. Eu respirava pesadamente e percebi estar suada.
-Opa querida, bom dia. - falou - Não escutou a sirene tocar não? - respirei fundo algumas vezes antes de balançar a cabeça negativamente - Tava tendo um pesadelo? - perguntou.
-Não sei como posso classificar isso. - falei, levando a mão até minha testa - Que horas são? - perguntei.
-Nove. Achei que você iria acordar sozinha e fui tomar café. - falou e eu levantei.
-Misericórdia. Vou arranjar alguma coisa e tomar um banho rápido. - falei - Depois... - parei um pouco para pensar.
-Depois você vai trabalhar, não é, querida? Esqueceu foi? - neguei.
-Não... Não. - acenei para Malu, saindo do quarto.
Peguei duas torradas no refeitório, vendo que só tinham duas garotas terminando de tomar café. Peguei um copo de leite e bebi rápido, comendo uma das torradas em três mordidas. Aproveitei e peguei o café da manhã de Carolyna indo até o quarto e deixando lá, enquanto eu iria tomar um banho rápido.
Vi todos já se arrumando para ir para a cela de seus respectivos pacientes enquanto eu corria para o banheiro. Tomei um banho rápido e vi minha pulseira tocar enquanto eu me trocava. Coloquei minhas roupas em dois minutos e sai correndo para o quarto, esbarrando em alguém no corredor, olhando para quem eu havia esbarrado, engolido seco.
-Bom dia, senhorita Caliari. - ela falou e eu assenti.
Era aquela mulher - que eu não sabia o nome- que nos recepcionou no primeiro dia. Hoje ela usava um blazer vermelho e uma blusa salmão, com um rabo de cavalo.
-Bom dia. - respondi com um sorriso amarelo.
-O que você está fazendo aqui fora? Achei que o sinal já havia tocado. - assenti.
-Sim, desculpe-me. Houve um imprevisto e acabei me atrasando. Mas estou indo para a sala agora. - ela sorriu -
-Ah, certo. Tudo bem. - falou tocando em meu ombro - Espero que isso não se repita.
Assenti, vendo-a sair dali e sai correndo até o quarto, deixando minhas coisas lá em cima da cama mesmo e pegando o café da manha de Carolyna. Peguei meu celular e corri até o corredor, cheguei ao mesmo chamando atenção dos guardas, que ficaram me encarando até eu entrar na cela, entrei rapidamente e fechei a porta. Quando olhei para o chão, Carolyna estava lá deitada, com as pernas na parede.
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Monster- Capri [Concluida]
RomancePriscila Caliari, uma agente de missões especiais, foi escolhida para ser enviada a um lugar completamente diferente de qualquer realidade para cuidar de pacientes que foram classificados como especiais para o resto do mundo. Na verdade ela tem de c...