Capítulo 21

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( uma recomendação minha, se quiserem e claro. Coloquem a música In The Name Of Love, melhora bastante a experiência)

Andei com cuidado pelo corredor, rezando para que não houvesse nenhum guarda por ali. E realmente não havia. Estava vazio. A única coisa que eu ouvia era a sirene bagunçando meu juízo, o que não era bom. Continuei andando, completamente perdida naquele lugar. Com certeza era perto de onde o dormitório dos guardas ficava, talvez fosse a porta que estava trancada no dia que vi com Carol.

Trinquei o maxilar lembrando que eu estava completamente indefesa se algo acontecesse. Cheguei em uma encruzilhada no meio do corredor. Olhei para todos os lados e percebi uma movimentação à direita. Guardas.

Arregalei os olhos e encostei-me na parede, rezando para que eles não me percebessem ali. Os homens passaram correndo para a esquerda e nem sequer olharam para trás. Engoli seco.

- Vamos! - escutei o grito de longe. Soltei o ar e voltei a olhar para a direita, continuando o caminho por ela. Fui encostando minha mão direita na parede, tentando fazer o menor barulho possível. Passei por duas portas fechadas. Na terceira, quando eu estava achando que não havia mais ninguém por ali, fui puxada para dentro de algo que parecia ser um quarto de limpeza. Acabei dando uma cotovelada por puro reflexo com toda minha força no rosto da pessoa, que gemeu de dor e depois segurou meu braço, me deixando imóvel.

- Ai... - resmungou e percebi que era Gabriel.

- O que você está fazendo?! - falei baixo e ele soltou meus braços, levando uma das mãos até o nariz, que parecia estar sangrando - Gabriel, me desculpe. Se você quer me levar novamente para aquele quarto eu vou resistir. - ele negou.

- Não vou fazer isso. - falou - Vou deixar você fugir. - cerrei os olhos - Você acha que eu deixei a porta do quarto aberta por quê? - dei de ombros.

- Falta de profissionalismo. - ele sorriu.

- Falei que queria te ajudar. - pegou alguma coisa no bolso com a mão direita e com a esquerda, segurou minha mão – Aqui. – me entregou um revólver e eu engoli seco - Sei que você sabe usar. - colocou a mão no bolso da frente dessa vez, tirando uma caixa de munição e me entregando também.

- Porque está fazendo isso? - perguntei e ele sorriu, limpando o nariz.

- Depois te explico. - olhou no relógio de pulso - Olha, em uma hora preciso que você esteja fora desse lugar. Ok? Saia pela saída principal. É o caminho mais fácil nesse momento. - franzi o cenho.

- O que?! - ele assentiu.

- Sim. Agora preciso que me dê outro murro. - Neguei algumas vezes.

- Não.

- Vai logo! - fiquei sem entender, mas eu o fiz, dando um murro com força no olho de Gabriel, que acabou indo para trás e caindo no chão.

- Ai meu Deus! Desculpa... - ele negou, balançando a mão para que eu saísse.

-Não tem problema! Vá atrás de Carolyna. Ela está no setor três, provavelmente. - falou e eu assenti, abrindo a porta.

- Gabriel... - lembrei antes de sair - Onde estão meus amigos? - perguntei - Estão bem? - ele assentiu.

- Sim. Depois falamos sobre isso. Não se preocupe! - disse rapidamente - Daqui à uma hora, se apresse! -assenti Saí da sala olhando para os lados, vendo o corredor ainda vazio.

- Setor três... - resmunguei, tentando olhar uma placa de indicações de longe, vendo "Setores 1,2,3 e 4" escrito na mesma. Era para a direção onde os guardas tinham ido. Neguei com a cabeça e corri pelo vasto corredor, sempre olhando por cima do ombro, para não ser surpreendida por ninguém.

Monster- Capri [Concluida]Onde histórias criam vida. Descubra agora