Mestres

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ZUKO

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ZUKO


-Já vi nossos governantes serem desafiados a mostrar soberania em um Agni Kai antes, Zuko. Mas nunca um Senhor do Fogo desafiar seus próprios súditos para esse tipo de embate. Isso diz mais do que você poderia imaginar... – Sezo atirou para Zuko, retirando e queimando a parte de cima de seu uniforme.

-Você não estava prestando atenção, General? Mudanças! – Zuko repetiu a ação, retirando seu robe e se preparando.

-Sim, estava. Fraquezas! – Ele cuspiu lançando o primeiro ataque.

Uma rajada de fogo seguia direto para seu peito. Zuko inspirou fundo, ele sabia coisa melhor do que apenas se defender. Redirecionar chamas era diferente do que se fazia com raios, mas tão eficiente quanto. Seu tio tinha razão, se dava para expandir muito a mente observando técnicas de outras nações. A dominação de Terra, por exemplo, as vezes vista como tão bárbara por sua cultura, era surpreendentemente parecida com as técnicas da própria dominação de fogo. A união de fundamentos básicos, e táticas alternativas o deixaram forte. E a sua fonte de poder era superior. Energia e vida, como nos primórdios, antes de seu povo destorcer e se esquecer... Ele era diferente de Sezo.

Zuko encheu seus pulmões de ar outra vez e disparou. Duas longas caldas de fogo saíram entrelaçadas ao encontro do General. Era hora de mostrar essas possibilidades para seus homens. Aquele confronto não se tratava apenas sobre conquistar poder e a veneração de seus súditos. Zuko queria mostrar-lhes o quanto o caminho da Nação do fogo e de sua filosofia de treinamento e dobra estavam errados. Tudo o que menosprezavam e que desqualificavam só os tornavam mais fracos e ignorantes. Precisava encantar, estimular o sentimento de curiosidade e de vontade. Precisava despertá-los.

O General era bom, ele conseguiu bloqueá-lo a tempo, mesmo que seguindo o código padrão de dominação. Anos de treinamento, e amadurecimento físico o fez competente em todas as execuções. Zuko inspirou outra vez se preparando para receber um novo ataque em resposta. Ele deixou-o vir, as chamas o rodeavam, e certamente Sezo se achou triunfante por um segundo. Mas, na verdade, elas agora lhe pertenciam. Uma espiral de fogo foi se acelerando e se expandindo, criando um vórtex multicolorido de chamas e obrigando o velho a se afastar. Isso abriu o espaço entre eles que Zuko precisava para que pudesse lhe pressionar com movimentos mais acelerados. Saltando e impulsionando-se na muralha ao lado, elevou sua posição e com uma série de jatos de fogo fez seu inimigo se movimentar de verdade pela primeira vez. Bloqueio, depois apenas defesa e finalmente mais um recuo. Então Sezo era mais vulnerável a ataques descendentes. Era bom conseguir observar isso, mesmo que Zuko preferisse atacar pela base, uma estratégia se formou mais claramente em sua cabeça.

Zuko apostou em uma sequência de arcos flamejantes produzidos por chutes aéreos, sempre de cima para baixo e viu que o homem finalmente começava a demonstrar um pequeno sinal de ofegância. Mas ainda não era hora de tentar quebrar sua postura, não até que ele já estivesse vacilando sozinho. Precisava o cansar mais antes disso acontecer. O melhor era se manter daquela forma, mais elevado, atacando por cima, forçando o velho a se esquivar para se proteger, ou gastar energia para parar suas investidas. A cada golpe Zuko se concentrava ainda mais em seu fôlego, mantinha sua respiração profunda e ritmada, tomando cuidado para nunca se precipitar mais do que seus pulmões aguentavam, mas também se recusava a ir menos do que sua capacidade total.

Livro 4: O Novo MundoOnde histórias criam vida. Descubra agora