Com o fim da Guerra dos 100 anos Aang, Sokka, Katara, Zuko, Toph, Suki e todos os personagens que amamos precisam passar pelo segundo grande desafio de suas vidas: Restaurar e equilibrar o Novo Mundo em que desejam viver. Mas as coisas não são tão s...
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RAIKO
- Raiko, o Senhor do Fogo exige sua presença. - Um de seus guardas tagarelas anunciou satisfeito, enquanto o outro, o único reservado em meio a tantos, apenas pegou o molho de chaves para destrancar a porta. - Finalmente veremos qual será sua punição, traidor! - O barulhento completou.
Idiota... Até ele, que estava preso e alheio as informações, podia dizer que aquela convocatória não era para um julgamento... Pôde ouvir e saber exatamente graças a esse mesmo tonto, com seus incansáveis burburinhos diários.
Houve prisões atrás de prisões... Estava certo de que a organização havia sido descoberta. Mas o usurpador ainda teria muito trabalho pela frente... Não poderia nem imaginar o quanto...! E, com toda a certeza, demandaria mais tempo do que aquele para que conseguisse tomar alguma providência sobre suas oposições de forma adequada... Se é que um dia Zuko conseguiria fazer alguma coisa de forma adequada...
Respirou fundo e recebeu a ofensa hipócrita do guarda em silêncio. Conseguiu quebrar a clara expectativa do homem, mantendo sua fisionomia serena e inabalável. Não valia a pena discutir com tão baixo escalão, principalmente se era isso que desejavam.
Mas ser chamado de Raiko trazia um certo... amargor à boca...
Seu nome era Raiko, como o do dragão que seu pai tinha derrotado há mais de meio século atrás. Definitivamente era um nome forte. Um nome orgulhoso. Mas já havia tanto tempo que não era chamado assim que o som da palavra já passara a lhe ser estranho.
Filho mais novo de uma das mais respeitadas famílias nobres de seu tempo, descendente direto de Ridan, o famoso ministro da guerra e por tantos anos braço direito do Senhor do fogo Azulon, homem que ocupou o cargo por mais tempo desde que se havia registros para ser estudados...
Mas Raiko também era dono de esforços próprios e havia contribuído para o legado de sua família, como era de sua obrigação. Começou ainda como criança a estudar para se tornar acolito, e desde sempre se destacou.
Serviu pessoalmente os dois Altos Sábios que vieram antes. E, já conhecido como ancião, finalmente tomou posse de sua posição de direito, por direito, há 8 anos atrás. Mesmo que tenha feito parte de um acordo negociado pelo seu nobre Senhor...
Um novo Sábio para um novo Senhor. – Foi dito à época.
É, pois bem... Um novo Sábio para um Novo Senhor... Uma pontada de rancor lhe tomou.
Mas garantiria que as coisas não seguissem assim. Ozai não seria esquecido, sua grandeza não seria obliterada. Não para os bons e leais cidadãos. Jamais pereceria frente a tão fraco e desonrado garoto.
