Julgamentos - Parte 03

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ZUKO


Por um minuto ele se sentiu exatamente como o menino de 3 anos atrás. Na sala do trono, ouvindo tamanhas insanidades e despropósitos. Contudo havia falando quando criança, sem realmente saber medir a situação e sem saber se utilizar da conveniência de forma adequada. Agora já não era criança. Era Senhor. E como tal não podia cometer estes mesmos erros novamente.

Mas também havia assumido outras responsabilidades. Responsabilidades que iam para além do Senhor do Fogo, e eram tão importantes quanto... Sentia Katara ao seu lado. Ansiosa, preocupada e desolada. Observava a avó ser amparada por Pakku, ainda chorando. Não foi difícil entender que ela e a raquítica prisioneira, a tal Hama, se conheciam.

Não tinha certeza da profundidade do problema, só sua superficialidade. A acusação de Raiko e suas consequências. Não sabia como Katara tinha aprendido aquela técnica, muito menos o porquê de Hama estar presa na Nação do Fogo. Só se lembrava do que ela tinha lhe falado ainda antes de se casarem. Ela conhecera uma única dominadora de água do Polo Sul, uma velha que havia se entregado ao ódio e ao ressentimento. Seria dela que estava falando?

Então não tinha a conhecido ainda quando vivia em sua tribo? Era claro que não. O primeiro mestre que Katara teve foi Pakku, já no Polo Norte. Disso ele sabia. E havia o fato de todos os membros do Time Avatar apresentar uma significativa repudia para com a dominação de sangue que Zuko ainda não entendia muito bem... Era uma postura muito diferente que sustentavam frente a outras dominações 'especiais', tais como a dobra de metal de Toph e até mesmo a dominação de raios... Isso tinha que significar alguma coisa, não? Não se comportavam assim apenas pela habilidade ser tão rara e poderosa...

- Ela é um membro da nossa tribo, não é? – Uma brusca movimentação ocorreu em um canto escuro da sala e Zuko viu novamente Gilak. – É uma dominadora que vocês nos roubaram! E mantiveram em cativeiro nessa terra amaldiçoada! – Hakoda voltou a tentar conter o homem. Não fora uma ideia prudente mantê-lo ali. – Não! Hakoda, essa senhora é uma amiga da sua mãe! Não vai demonstrar nenhum misero restoio de decência? Nem mesmo para isso?! E você, Lady Katara, vai continuar compactuando com esses monstros até que ponto?!

Zuko a sentiu estremecer novamente. Mas foi o homem de meia idade que segurava as correntes da velha quem respondeu.

-Durante anos e mais anos, um dos vilarejos sob minha jurisdição sofreu severamente. Desaparecimentos que ocorriam frequentemente na, até então, bela e amigável floresta que nos cercava. Vivemos um período de medo e perdas... É simplesmente inexplicável a sensação de ver a desolação de tantas famílias levantando piras funerárias vazias para filhos, pais e netos.... – O Margistrado subiu mais a sua voz, de forma que todos o escutasse bem. - Davam seus parentes como mortos depois de infindáveis buscas pelos desaparecidos. E todos passaram pelo doloroso luto apenas para descobrir recentemente que na verdade eles estavam vivos.

Livro 4: O Novo MundoOnde histórias criam vida. Descubra agora