Interrogatórios

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KATARA

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KATARA


-Boa sorte tentando encontrar esta informação. - O homem preso por algemas de metal à sua frente retrucou.

Katara sabia o que vinha a seguir. Toph parecia não se cansar daquilo, continuava se divertido mesmo depois de infindáveis outros interrogatórios... E estava quase sedenta, agora que estavam prestes a terminar com aquele amargo trabalho.

-Vamos lá...! Me deixa ser clara. Temos 2 jeitos de fazer isso: O que envolve esmagamento ou o sem esmagamento.

Katara precisou se esforçar para não revirar os olhos, denunciando o blefe. Toph não estava autorizada a esmagar nada nem ninguém, mas recorria à ameaça com frequência e com mais entusiasmo do que deveria sentir. Decididamente essa estratégia não fazia seu estilo, e parecia trazer certo incomodo a Zuko também, mas... Bom, era o mínimo que se devia esperar quando se pedia ajuda para Toph, não era? E, ao menos, costumava a dar certo.

A grande maioria dos soldados presos tinham servido no Reino da Terra, então estavam bem familiarizados com aquele tipo de costume, utilizados pelos pelotões do Rei para punir dominadores de fogo invasores. Portanto, temiam a ameaça o suficiente para soltar a língua. Mas aquele homem... Ele não tinha servido no Reino da Terra, não é mesmo? Afinal a zona de atuação dos Atacantes do Sul era restrita apenas aos mares frios da região meridional. As águas de sua casa...

- E posso te dizer uma coisa, seus dedos vão ser bem necessários para onde você está indo, então seria mais prudente tentar conservar a maior quantidade deles que for possível. - A menina continuou animada. - As regras são bem simples. Você se recusa a falar – Uma grande rocha que Katara supunha pesar por volta de... uns 30 quilos talvez? Se levantou ao lado direito de Toph. - Uma dessas cai sob seu dedinho. Uma mentira - Então outra subiu, com o dobro de tamanho, e se manteve equilibrada agora ao lado esquerdo da menina. - Uma dessas cai no seu dedão. - Terminou com simplicidade.

-Não. Eu não tenho nada para falar. - O homem insistiu, agora mirando o seu olhar de desafio para Katara e Zuko também. O rancor era evidente em sua voz. – Mesmo com esmagamentos ou com... – Ele hesitou por um segundo. – Ou mesmo com coisa pior... – Ele fixou ainda mais fundo os olhos de Katara, e então ela soube. Ele havia os reconhecido. - Não há como revelar o que eu não sei. Essa precaução foi bem tomada meus senhores. Porque acha que ficamos para traz e interceptamos a esquadra do General Iroh? Foi um sacrifício que faríamos com prazer de novo se fosse preciso! – Ele abriu um meio sorriso evidenciando um leve deboche, e então continuou. - Apenas uma pessoa, em um dos navios sabia o destino para o qual navegávamos, e posso lhes assegurar que cumprimos bem o nosso dever de protege-lo.

-Quem era? Quem estava chefiando essa deserção? – Toph perguntou balançando suas pedras no ar, como um lembrete para o homem. Katara achava que podia ver o cérebro dele trabalhado, avaliando qual a melhor forma de prosseguir.

Livro 4: O Novo MundoOnde histórias criam vida. Descubra agora