Dubiedades

337 28 65
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


ZUKO


Era como se tivesse um grande nó pulsante em suas entranhas.

Pouco depois de encerrarem os julgamentos e ter feito suas deliberações ele tentou a acolher. Mas Katara o interrompeu, alertando sobre a necessidade de planejar a melhor forma para conter Hama, além de que deviam cumprir a formalidade de receber mais intimamente a elite política com a tediosa cerimônia do chá.

Depois de uma breve conversa, uma das salas do bunker sob o vulcão foi a opção que mais lhes pareceram segura e adequada para deixar a velha dominadora de sangue. Era um local ligeiramente confortável, mas difícil de se conseguir água e ainda mais difícil de se encontrar algum ser vivo... Afinal a lua não permaneceria minguante para sempre.

Depois voltaram a atenção para o encontro com os administradores. Muitas foram as questões levantadas... Considerações sobre os informativos das novas posições da coroa foram mais amplamente discutidas e explicadas. Também foram alertados sobre frequentes problemas com navios graneleiros nos portos das ilhas leste. Aparentemente os ataques piratas estavam se tornando mais comuns do que de costume.

Mas também houveram duvidas e desconfianças sobre Katara e seus poderes. Ele imaginava o quanto devia a ter custado manter a postura e a compostura para a ocasião. Até mesmo o próprio Ministro Sun pediu maiores explicações. Ela não deixou de responder abertamente nenhuma das perguntas feitas, mas era perceptível que nada daquilo a deixava confortável.

Então, quando finalmente encerraram seus compromissos públicos, e julgou que teriam alguma chance de ficarem juntos, ela pediu um tempo e disse que precisava ficar sozinha.

Foi então que o nó subitamente apareceu. Forte e apertado.

Será que depois daquela penosa tarde, Katara teria chegado em seu limite? Não julgaria se tivesse. Afinal ela sequer deveria estar passando por isso, não é mesmo?

Sabia que precisava se manter preparado para receber alguma notícia do tipo. É, sabia. Mais cedo ou mais tarde... A probabilidade de ela querer ir embora era alta. Mas meramente cogitar vê-la partir dentro de um dia, com o restante de sua tribo, de volta ao polo sul, era quase aterrorizante. Talvez.... Poderia estar se antecipando? Ah contudo.... Contudo estava certo de ver este desejo perpassar pelos olhos dela, toda vez que ela olhou para a avó durante o tribunal.

Respirou fundo. Tinha uma última coisa que podia ser adiantada ainda esta noite. Foi a ela que recorreu quando Katara fez o frio pedido e, por fim, realmente se forçou a focar no assunto. O trabalho não trazia alivio, mas ofuscava um pouco da aflição. E, afinal, era verdade que precisava resolver os últimos detalhes dos próximos passos de seu plano para com a Sociedade de Nova Ozai.

Ela subia a escadaria para o aposento em um melancólico silêncio, enquanto Zuko adentrava taciturno em uma sala privativa e discreta. Toph já estava lá, com o homem que ele desejava tratar.

Livro 4: O Novo MundoOnde histórias criam vida. Descubra agora