αρσℓσgiєs | 07

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Naquela mesma noite, Tonowari procurou pelo o filho, o encontrando sentado nas rochas à beira mar

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Naquela mesma noite, Tonowari procurou pelo o filho, o encontrando sentado nas rochas à beira mar. Ao'nung estava em silêncio, atirava pedras pequenas na água, vendo elas pularem várias vezes antes de finalmente afundar. Seu olhar estava perdido e sua mente em silêncio.

Tonowari suspirou fundo, se sentindo triste pelo seu primogênito. O líder do povo do recife se sentou ao lado do garoto, que nem ao menos se moveu para cumprimentá-lo.

- Há quanto tempo? - Tonowari começou a conversa.

- O que quer saber? - Ao'nung perguntou de volta, querendo entender onde o pai queria chegar.

- Há quanto tempo gosta da filha de Jake Sully?

Nesse momento, Ao'nung parou de atirar pedras no lago. É óbvio que ele sabia que um dia o pai iria descobrir, Tonowari não era tonto e muito menos cego.

- Não tenho certeza. - O garoto deu de ombros e voltou a sua atividade, que parecia demasiadamente interessante nesse momento.

- Como estão? - O líder voltou a perguntar, observando seu filho encolher os ombros chateado.

- Ela não quer mais saber de mim. - Ao'nung mordeu os cantos das bochechas, se amaldiçoando por parecer frágil. - Eu estraguei tudo!

- Sabe, quando sua mãe e eu éramos jovens, nós não nos dávamos bem. - Tonowari comentou, se sentindo nostálgico. - Ela era agressiva e eu era passivo, mas no final ficamos juntos.

- É diferente...

- Não é! - Tonowari o cortou. - Não há nada que possa impedir um casal destinado a ficar junto.

- O que eu devo fazer, pai?

Ao'nung sentiu seu coração pesado. Ele estava desesperado! Pela primeira vez, sentiu tudo que havia lido nos raros livros que leu, sentiu o que os adolescentes mais velhos contaram de suas experiências. Sentiu aquela famigerada sensação de "borboletas no estômago".

Mas por causa de uma brincadeira boba, acreditava que tudo havia se perdido.

- Vá até ela! - Tonowari respondeu de forma simples. - Vá e diga com palavras sinceras. Ela irá lhe perdoar se estiver no seu coração, mas a ação deve ser sua.

- E se não me perdoar? - Ao'nung questionou triste.

- Eywa sabe o que faz, meu filho. - Tonowari tocou o ombro do garoto, fazendo um afago. - Aproveite e leve-a um presente! Mulheres gostam de ser cortejadas.

Ao'nung riu um pouco, se sentia mais leve agora.

- Vocês, um.. já acasalaram? - Tonowari questionou.

Ao'nung sentiu sua garganta fechar. Não imaginava ter esse tipo de conversa com o pai, pelo menos não agora.

- Ainda não... - Ele comentou sem jeito.

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