COMBATE - ANTONY X NEYMAR

02

- Eu já avisei meu pai que vamos para casa dele no final de semana. -falo fria no jantar após as crianças terem deixado a mesa-

- Helena, não há necessidade para isso.. -ele diz em meio a garfadas-

- Mas eu sinto que há necessidade, pelo menos da minha parte sim, querido marido -falo com uma ponta de ódio e remorso. O meu sarcasmo é irônico-

- Então é assim que vai ser? -ele suspira e fecha os olhos-

- É, até que eu possa estar divorciada.

- E se ele me escolher para a guarda?

- O que?

- Daniel pode querer ficar com papai e o irmãozinho, nós não sabemos se ele te escolheria... -ele olha em meus olhos da outra ponta da mesa-

- Você faria isso? -pergunto indignada-

- Ele também é meu filho, Helena. Eu o amo do mesmo tamanho que amo o Davi, ou seja, infinitamente.

- Se o ama tanto assim, por que não pensou nele enquanto estava fodendo com outra mulher?

- Não é como se fosse fácil raciocinar em momentos assim, Helena.

- Como eu posso saber? Nunca pensei em te trair! -faço o comentário e bebo meu suco. Eu não vou mostrar o tanto que estou fragilizada.

- Helena, tenta entender o meu lado...

- Por que? No que isso vai me ajudar?

- Não é sobre ajudar você, Helena, é sobre ajudar nós dois -bebe seu suco e vem até mim-

- Por que eu devo colaborar depois de 5 anos sendo fiel e dedicada a você?

- Caralho, Helena, por favor, me ajuda a tentar melhorar nossa relação -se senta ao meu lado e faz carinho em minha coxa-

- Por que eu faria isso?

- Porque temos um filho juntos, o Daniel precisa que nós dois estejamos bem!

- Eu preciso pensar sobre isso, pensar muito -suspiro e afasto sua mão-

- Não podemos nos divorciar, Helena... ele pode desenvolver muitos problemas.

- Eu sei, caralho... eu sei... mas eu preciso do meu tempo pra pensar.

- Hum... tudo bem. Pode ir pra Inglaterra. Eu e o Davi ficamos aqui. -arrasta minha cadeira para que fiquemos frente a frente-

- O que está fazendo?

- Eu quero muito te recompensar pelo tempo perdido... -se ajoelha e beija meu joelho nu- tipo, muito mesmo...

- Tá -abro friamente minhas pernas. Parece que não tem mais amor envolvido... mas após meses sem transar, é até um alívio tê-lo me chupando- isso, porra...

- Está tão gostosa e bonita, amor...

- Sempre estive. Agora vai logo com isso -colo seu rosto novamente em minha intimidade- sua língua ainda é boa...

Naquela noite, eu montei nele e nós dois transamos até o amanhecer. Eu não senti nada, nenhum amor, nenhum carinho. Foi apenas prazer.

Eu me sinto um pouco... livre?

Talvez eu me sinta livre de sentir um amor escabroso por alguém que mal olha para mim. Parece que ao brigar com ele, eu atraí sua atenção.
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Capítulo modificado✅️