quatro.

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quatro
Matemática + Anna, uma história de amor impossível.

ANNA LUÍSA ESTAVA DEBAIXO DE duas cobertas, assistindo Anna Karenina

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ANNA LUÍSA ESTAVA DEBAIXO DE duas cobertas, assistindo Anna Karenina. Ela amava o inverno da Espanha, pelo fato de chover com bastante frequência e nevar, algo que acontece apenas no privilégio de seu país natal, vulgo, sul. Gostava de ficar debaixo das cobertas, apenas mudando de canal enquanto toma chocolate quente, isso era como uma lei em dias frios que a brasileira estava em casa. Amava aproveitar a estação fria em ambos países, mas na Espanha tinha a oportunidade de ver a neve, babava igual idiota toda vez que encarava e via os flocos de neve caindo.

O interfone da casa ecoou por todo lugar, fazendo-a resmungar algo inaudível. Não tinha empregados, muito menos sua mãe. Dessa vez, se levantou mesmo relutante e não pegou nenhum utensílio. Tinha medo de ser alguém da polícia batendo em sua casa, pelo simples fato de sua vizinha — uma velha de setenta anos — que estava batendo em sua porta toda vez. Anna julgou que ela foi lá mais de dez vezes com alguma reclamação, primeiro o som alto que escutava e segundo o cheiro de queimado enquanto fazia seu almoço. Até parecia que ela arrumava um motivo para ir à casa da família reclamar, e Anna não duvidava que ela chamaria a polícia.

— Funerária santa Maria, sua morte, nossa alegria. — Abriu sua porta, sem nenhum sorriso.

— Credo, Anna. — O menino de olhos arregalados balançou a cabeça em negação, a citada levantou as suas sobrancelhas enquanto ele entrava. — Boa tarde, funerária santa Maria.

— Que intimidade é essa, garoto? — Indagou, andando atrás do menino que encarava sua televisão.

Cris estava em sua casa, encarando até a alma da antiga moradora do apartamento. A brasileira se mexeu, um pouco desconfortável por ser extremamente diferente do mundo que estava acostumado, o mundo dos ricos como a garota falava. Quando ele se virou, se sentou no sofá, com um sorriso em sua direção.

— Não vai responder mesmo? — Questionou, ainda em pé. — Responde! Para de ficar igual psicopata com esse sorriso, o filme antes desse era coringa, 'tá!

Ele riu com o desespero plantando na voz da ondulada, que não entendia a risada. Então ela pegou uma almofada e avançou no cacheado, que por sua vez, se engasgou com a própria risada.

— Nossa, você está tão desesperada para eu falar contigo? — Questionou o português, se divertindo. — Se acalma fã!

— Qual é o número de seus pais? Vou tirar foto de você e colocar no mercado negro. — Anna Luísa pegou seu celular, fingindo digitar algo.

— Ficou doida, ô arlequina? — Ele se inclinou em sua direção, arrancando o aparelho das mãos da garota. — Nem desbloqueou!

ENTRE TAPAS & BEIJOS, CR7 JROnde histórias criam vida. Descubra agora