﹒⊢ ✶ ˖ ࣪ 💢 ❛𝐄𝐍𝐓𝐑𝐄 𝐓𝐀𝐏𝐀𝐒 & 𝐁𝐄𝐈𝐉𝐎𝐒❜ .ﾟ۪ ♡ ۫
ANNA LUÍSA ESTÁ LONGE DE SER pacífica, sempre se metendo em encrencas, com os traços fortes herdados de seu pai, Elisa resolve se mudar para Espanha, com esperança que sua fil...
epílogo Um sorriso dura somente um instante, mas seus efeitos perduram para sempre. (T.BITTENCOURT) (3/3)
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copa do mundo, 2026.
MUITAS COISAS ACONTECERAM EM quatro anos, coisas que nem ao menos Anna Luísa imaginava. Como sua mãe apareceu namorando com um cara que conheceu na Inglaterra, se acostumou com a prisão disfarçada denominada como um internato, sua aproximação com sua mãe e o fato de que Emma estava quase se formando no curso de administração.
Seu aniversário de dezesseis havia passado, mas era óbvio que sua mãe não poderia deixar isso em branco. Bom, sua primeira opção foi levá-la ao México, uns dos países sede pela copa do mundo de dois mil e vinte e seis. Sabia que sua filha tinha um interesse por futebol, além de Harry, o qual ela estava quase se casando.
— Anna Luísa, estamos indo comprar algumas coisas, viu? — Elisa avisou, passando um batom avermelhado em seus lábios carnudos. — Caso você sair, nos avise.
— Tchau, nincompoop! — Harry foi logo atrás, acenando para a brasileira, que rolou os olhos.
— Vai dar para sua mãe, inglês fodido! — Bufou, fazendo o homem soltar uma risadinha.
Anna apenas queria ter um bom sono. Os três anos anteriores foram dormindo em uma cama, acordando com os ataques de riso de sua colega no quarto e sendo quase-que-uma-sonâmbula. Apesar do calor insuportável Mexicano, ela tinha meias em seus pés e usava um casaco enorme, que cobria todo seu braço.
Se não fosse pela porta abrindo, a garota iria dizer “olá” ao mundo dos sonhos ali mesmo, mas o barulho a fez erguer sua cabeça pensando que seu padrasto havia esquecido de algo, mas estava errada. Fios de cabelo vermelhos começaram a surgir, fazendo Anna levantar de sua cama em um pulo.
É agora que vou ser sequestrada. Pensou.
— ANNA LUÍSA! — Apenas ouviu uma voz não tão desconhecida, então alguém pulou em cima de si. — Vai se foder sua vagabunda! Você nem ao menos me avisou! — Choramingou.
— Maria Isabel? — A mesma tentou reconhecê-la.
— Céus, você lembra de mim? — A dramatização no tom não poderia faltar. — Nalu, eu senti tanta sua falta!
Os traços de Maria continuavam o mesmo, menos seus cabelos. Agora eles estavam em um vermelho vivo, com pequenas ondulações visíveis nas pontas.
— MARIBEL! Puta que pariu, você faz tanta falta! — Ela a abraçou novamente.
Tentou conter as lágrimas que ameaçavam cair. Bem, nesses últimos anos, ser sensível está sendo uma das características de Anna Luísa.
A mesma desceu do colo da garota, agora encarando até a alma de Anna. Diferentemente dela, ela havia mudado, e muito. Agora seus cabelos ondulados estavam lisos e longos. Seus olhos possuíam uma sombra preta e no lugar de seu habitual gloss, possuía um batom nude. Ela tinha colocado um piercing em seu nariz.
