Meus amores | [BDSM]

7. Juntas

Continuamos no sofá conversando por um bom tempo. Agora, entendendo bem como a relação das duas funciona, tentava não colocar o que eu sabia ou imaginava de uma relação em jogo, porque, na verdade, eu não sabia de nada. Era tudo muito novo e bem diferente de tudo que já vivi. Elas criaram algo tão perfeitinho, tão delas, sinto que talvez não deveria estar aqui, mas de qualquer forma, é algo realmente lindo, algo que nunca senti ou ao menos vi.

- São muitos anos juntas, meu bem, eu espero de verdade que possa nos acompanhar também...

Eu também espero. As duas me encheram de beijos, nem me deixaram responder.

- Bom... já são 13:30h, vocês têm que voltar ao trabalho.

Droga! Já?

- Mais dez minutinhos, por favorzinho, Lu!

- Nada disso, vamos logo!

Ela se levantou.

- Ah, não...

- Levante, mocinha!

Ela estendeu a mão, eu me levantei com a sua ajuda, fomos para o escritório.

- Mandou para o meu e-mail, Isa?

- Humrum.

Ela se sentou em sua mesa e abriu o seu notebook, era encantador como conseguia ser super elegante até de pijama em um sábado super tedioso. Saber mais da vida delas me deixou um pouco insegura, eu sou um bebê estranha perto das longas jornadas de ambas, mas, ao mesmo tempo, sei que elas não contariam tudo aquilo a qualquer pessoa.

- Hum... o texto está ótimo, tá vendo? Sem os fones se sai melhor!

- É melhor com eles, Lu... eu senti falta.

- Deve ter sentido mesmo, mas sei que só usa os fones para se distrair, tornar menos chato o que tem que fazer, mas só funciona quando não precisa prestar tanta atenção... agora sem fones para fazer as atividades.

- Mas eu sempre usei eles!

Me fitou com seu olhar.

- E suas notas estão lá embaixo, não venha dizer que é só pelas apresentações, não estava se saindo bem em nada antes, mal passava nas matérias mais fáceis. Será melhor, meu bem.

Não falei nada, só a esperava terminar aquilo, não gostei disso.

- Te mandei tudo corrigido, monte o slide e mande para mim.

Eu me virei e abri o meu notebook. Por que estudar sempre tem que ser tão chato? Parece que tudo é tão difícil, mesmo que eu saiba fazer, é horrível! Odeio isso.

Senti uma mão no meu ombro, e logo vi ela se abaixando ao meu lado.

- Você é inteligente, Isa, só precisa se esforçar mais, termine o slide para a gente ainda poder aproveitar o sábado.

- Tá bom.

Me beijou.

- Agora foco, Isadora, quero isso pronto no meu e-mail até o fim da tarde.