Fomos para o hospital. Lá me colocaram em uma cadeira de rodas. Não precisava muito disso, mas fizeram mesmo assim. Demorou um pouco para eu ser atendida, enquanto isso, usei o meu terrível acidente para comer besteira, era o que tinha mais fácil ali, então não negaram.
- Isadora Moraes?
Um médico me chamou. Bia empurrou a cadeira e a Lu veio logo ao nosso lado.
- Boa noite, o que houve com a mocinha?
- Caiu de joelhos.
Luiza falou, era engraçado isso, mas não mentiu completamente.
- Vamos dar uma olhada.
Bia e o médico me colocaram na maca. Ele me examinou, a cada toque dele, eu dava um gritinho no lugar franzindo o rosto e segurando a mão dela.
- Ai!
- Não parece ser nada grave.
- Eu disse!
Olhei para as duas e ambas depois olharam para o médico.
- Ela parece sentir bastante dor.
- Reclamou bastante quando a tocou, tem certeza?
Lu perguntou.
- Sim, mas se tivesse ocorrido algo grave, não aguentaria pôr o pé no chão. Mas vou pedir um raio-x para desencargo de consciência.
- Certo.
- De qualquer forma, fizeram bem trazê-la aqui. Agora tem que tomar cuidado, viu?
Olhou para mim e eu afirmei com a cabeça. Assim me tiraram da maca, e fomos para sala de espera novamente. Entre cochilos em uma péssima posição, fomos chamadas.
O raio-x foi rápido, tive de entrar sozinha, foi meio estranho, mas tranquilo. E como já esperado, não foi nada de mais, segundo ele, apenas uma entorse simples. Passou remédio e uma tala para facilitar a recuperação.
Me levaram para o carro e do mesmo jeito fui com as pernas no colo da Bia. No caminho passaram na farmácia para comprar o que eu precisava, Lu desceu do carro.
- Acho que nunca machuquei nenhuma parte do corpo assim...
Disse e logo depois veio um bocejo.
- Tudo tem uma primeira vez, mas tem que tomar cuidado de agora em diante. Nunca mais repita isso.
- Eu não vou... como vai fazer agora que não pode me pôr de joelhos?
Sorri.
- Vou arranjar outro jeito, mas a senhorita não use proveito não, viu? Terá que ficar conosco todos os dias do feriado, inclusive não tiraremos os olhos da mocinha, nem um minuto.
Agora ela sorriu.
- Nem um pouquinho?
Medi com os dedos olhando para ela.
- Nem um pouquinho.
- Mas vou sair do castigo, né? Sou uma menina dodói, Bia.
- Terá que ir ao médico mais tarde ainda, consegue andar.
- Hum...
Fiz biquinho.
- "Hum" nada, terá a manhã de folga para descansar e mais tarde vai estar prontinha para ir às suas consultas.
- E depois sem castigo?
- Veremos como irá se comportar.
Me aconcheguei no banco do carro.
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Meus amores | [BDSM]
RomanceEsta é a história de um romance com chances mínimas de acontecer, mas onde o amor se revela genuíno. Aqui, mostra que um sonho, mesmo antigo e quase esquecido, pode se realizar. Um amor, ou melhor, amores, que quase foram sufocados pelo medo, teoric...