20. Ai, Isa...

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Fomos para o hospital. Lá me colocaram em uma cadeira de rodas. Não precisava muito disso, mas fizeram mesmo assim. Demorou um pouco para eu ser atendida, enquanto isso, usei o meu terrível acidente para comer besteira, era o que tinha mais fácil ali, então não negaram.

- Isadora Moraes?

Um médico me chamou. Bia empurrou a cadeira e a Lu veio logo ao nosso lado.

- Boa noite, o que houve com a mocinha?

- Caiu de joelhos.

Luiza falou, era engraçado isso, mas não mentiu completamente.

- Vamos dar uma olhada.

Bia e o médico me colocaram na maca. Ele me examinou, a cada toque dele, eu dava um gritinho no lugar franzindo o rosto e segurando a mão dela.

- Ai!

- Não parece ser nada grave.

- Eu disse!

Olhei para as duas e ambas depois olharam para o médico.

- Ela parece sentir bastante dor.

- Reclamou bastante quando a tocou, tem certeza?

Lu perguntou.

- Sim, mas se tivesse ocorrido algo grave, não aguentaria pôr o pé no chão. Mas vou pedir um raio-x para desencargo de consciência.

- Certo.

- De qualquer forma, fizeram bem trazê-la aqui. Agora tem que tomar cuidado, viu?

Olhou para mim e eu afirmei com a cabeça. Assim me tiraram da maca, e fomos para sala de espera novamente. Entre cochilos em uma péssima posição, fomos chamadas.

O raio-x foi rápido, tive de entrar sozinha, foi meio estranho, mas tranquilo. E como já esperado, não foi nada de mais, segundo ele, apenas uma entorse simples. Passou remédio e uma tala para facilitar a recuperação.

Me levaram para o carro e do mesmo jeito fui com as pernas no colo da Bia. No caminho passaram na farmácia para comprar o que eu precisava, Lu desceu do carro.

- Acho que nunca machuquei nenhuma parte do corpo assim...

Disse e logo depois veio um bocejo.

- Tudo tem uma primeira vez, mas tem que tomar cuidado de agora em diante. Nunca mais repita isso.

- Eu não vou... como vai fazer agora que não pode me pôr de joelhos?

Sorri.

- Vou arranjar outro jeito, mas a senhorita não use proveito não, viu? Terá que ficar conosco todos os dias do feriado, inclusive não tiraremos os olhos da mocinha, nem um minuto.

Agora ela sorriu.

- Nem um pouquinho?

Medi com os dedos olhando para ela.

- Nem um pouquinho.

- Mas vou sair do castigo, né? Sou uma menina dodói, Bia.

- Terá que ir ao médico mais tarde ainda, consegue andar.

- Hum...

Fiz biquinho.

- "Hum" nada, terá a manhã de folga para descansar e mais tarde vai estar prontinha para ir às suas consultas.

- E depois sem castigo?

- Veremos como irá se comportar.

Me aconcheguei no banco do carro.

Meus amores | [BDSM]Onde histórias criam vida. Descubra agora