5. Inseguranças

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- Isa... meu bem... hora de levantar.

Escutei a voz de Bia me chamando, ela fazia círculos nas minhas costas com a mão.

- Mas já?

Disse bem sonolenta.

- Sim, vamos...

Sentei na cama esfregando os olhos, ela já estava arrumada.

- Ainda temos que passar na sua casa para pegar uma roupa para você.

- Tô indo...

Quando tirei o cobertor de cima de mim para me levantar, ela me puxou para um beijo, um perfeito beijinho em um abraço de tirar o fôlego.

- Vá se arrumar, meu amor.

Dei um sorriso todo tímido e assenti com a cabeça ainda bem sonolenta. Saí do quarto sem palavras, nem acho que criaria uma realidade tão perfeita assim. Fui para o outro quarto, como lá que estavam as minhas coisas, tomei banho naquele banheiro. Não demorei muito, não estávamos com tempo, vesti a roupa de ontem por enquanto e logo desci.

- Bom dia, meu amor!

A Lu me recebeu na cozinha com um selinho, outro amor... tô amando isso!

- Bom dia!

- Hoje temos crepioca, pode ser?

- Humhum, obrigada...

Meu prato já estava na mesa junto aos delas, eu me sentei e começamos a comer.

- Você tem aula hoje, Isa?

A Lu perguntou.

- Sim, à tarde.

- Certo, eu te levo para a faculdade depois do almoço.

- Mas não vai atrapalhar? Tipo, é pouco tempo até o próximo horário, não dará tempo.

- Não atrapalha em nada.

Será? Sei o quanto aquele tempinho depois do almoço é importante para descansar. Bia completou:

- Fora que a cidade ainda não se recuperou da chuva, é melhor tomarmos conta do que é nosso.

Escondi meu rosto vermelho, "nosso" ai... conversamos mais um pouco e logo já estávamos saindo de lá.

- Pegou tudo?

- Sim.

Entramos no carro, Lu deu partida e saímos. Era tão bizarro o que estava acontecendo, foi tão rápido, tão bom, estava genuinamente feliz, isso me assustava de alguma forma. É como se qualquer coisa pudesse estragar isso a qualquer momento, a minha vida nunca foi tão boa, por que agora seria?

- Tudo bem, Isa?

Bia me tirou do transe.

- Humrum.

Ela passou a mão por trás do banco e fez carinho na minha perna, me puxando para realidade novamente, agradeci mentalmente a ela.

Meus amores | [BDSM]Onde histórias criam vida. Descubra agora