POV.: Isadora.
Às 17:00h em ponto, o pai da Ana chegou. Autorizei a sua entrada no condomínio e assim que entrou em meu apartamento e a viu, a abraçou, ficando longos minutos ali, vi lágrimas em seu rosto.
Eu estava ao lado dela quando contou, vi como foi difícil, sabíamos que seu pai ia lhe acolher, mas não é fácil contar coisas assim para ninguém.
Ele perguntou quem eram as duas mulheres ao nosso lado e eu disse serem da minha família. Ele agradeceu por cuidar da Ana e elas conversaram com ele sozinhas, ficaram bons minutos na sala e eu com a Ana no quarto.
- Eles estão demorando...
Ana disse, já estava pronta para ir embora, sentada na cama.
- A Lu deve estar falando tudo, cada palavrinha que a Camila disse.
Rimos.
- Verdade... não sei o que faria sem vocês... Ninguém nunca cuidou de mim tão bem.
Sorri.
- Eu também não sei o que faria sem elas... o cuidado faz a gente se curar de qualquer coisa, né?
Me sentei ao lado dela, a abraçando.
- Com toda certeza... Eu queria ter achado alguém igual a elas...
Isso é tão ruim de escutar, queria que todos pudessem ter a sensação e a sorte que eu tenho.
- Um dia vai achar... Se quiser. O importante é que, caso precise de um colo, eu ainda posso dividir elas com você.
Sorriu.
- Obrigada por dividi-las um pouquinho até agora, viu? Eu precisava dessa atenção.
Elas fizeram esse papel bem melhor que eu.
- Não tem de quê, elas são incríveis, eu sei!
Disse brincando ser super convencida e ela riu.
- Filha, vamos?
Seu pai entrou no quarto.
- Vamos...
Se levantou com dor e eu a ajudei.
- Ai... obrigada.
Franzia o rosto. Deve ser agoniante sentir esse tipo de dor.
- Obrigada, Isa, por tudo!
Sorri.
- Nada, qualquer coisa, só falar.
- Certo.
Me abraçou e fomos para a sala.
- Muito obrigado por tudo, gente, morar afastado tem essas desvantagens, não posso cuidar dela como eu queria.
- É complicado mesmo, mas o importante é que está aqui agora.
Bia disse.
- Sua filha é uma garota incrível, sei que sabe disso, com o tempo ela se recupera e tudo ficará bem.
Lu disse.
- Vai sim... agora tenho que ir, peguei estrada direto, preciso de um banho e comida.
- Está cedo, não aceita um café mesmo?
- Eu bem que queria, mas vamos pegar estrada amanhã cedo, prefiro ir logo para casa, temos muito o que fazer e conversar.
Olhou para a Ana, essa conversa não será muito boa, mas é necessária.
- Entendo, boa viagem para vocês.
Entreguei a mochila dela ao pai e dei o último abraço.
- Obrigada por cuida dela, Isa, se quiser ir nos visitar, será muito bem-vinda.
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Meus amores | [BDSM]
RomanceEsta é a história de um romance com chances mínimas de acontecer, mas onde o amor se revela genuíno. Aqui, mostra que um sonho, mesmo antigo e quase esquecido, pode se realizar. Um amor, ou melhor, amores, que quase foram sufocados pelo medo, teoric...