38. Ficará bem, e eu?

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POV.: Isadora.

Às 17:00h em ponto, o pai da Ana chegou. Autorizei a sua entrada no condomínio e assim que entrou em meu apartamento e a viu, a abraçou, ficando longos minutos ali, vi lágrimas em seu rosto.

Eu estava ao lado dela quando contou, vi como foi difícil, sabíamos que seu pai ia lhe acolher, mas não é fácil contar coisas assim para ninguém.

Ele perguntou quem eram as duas mulheres ao nosso lado e eu disse serem da minha família. Ele agradeceu por cuidar da Ana e elas conversaram com ele sozinhas, ficaram bons minutos na sala e eu com a Ana no quarto.

- Eles estão demorando...

Ana disse, já estava pronta para ir embora, sentada na cama.

- A Lu deve estar falando tudo, cada palavrinha que a Camila disse.

Rimos.

- Verdade... não sei o que faria sem vocês... Ninguém nunca cuidou de mim tão bem.

Sorri.

- Eu também não sei o que faria sem elas... o cuidado faz a gente se curar de qualquer coisa, né?

Me sentei ao lado dela, a abraçando.

- Com toda certeza... Eu queria ter achado alguém igual a elas...

Isso é tão ruim de escutar, queria que todos pudessem ter a sensação e a sorte que eu tenho.

- Um dia vai achar... Se quiser. O importante é que, caso precise de um colo, eu ainda posso dividir elas com você.

Sorriu.

- Obrigada por dividi-las um pouquinho até agora, viu? Eu precisava dessa atenção.

Elas fizeram esse papel bem melhor que eu.

- Não tem de quê, elas são incríveis, eu sei!

Disse brincando ser super convencida e ela riu.

- Filha, vamos?

Seu pai entrou no quarto.

- Vamos...

Se levantou com dor e eu a ajudei.

- Ai... obrigada.

Franzia o rosto. Deve ser agoniante sentir esse tipo de dor.

- Obrigada, Isa, por tudo!

Sorri.

- Nada, qualquer coisa, só falar.

- Certo.

Me abraçou e fomos para a sala.

- Muito obrigado por tudo, gente, morar afastado tem essas desvantagens, não posso cuidar dela como eu queria.

- É complicado mesmo, mas o importante é que está aqui agora.

Bia disse.

- Sua filha é uma garota incrível, sei que sabe disso, com o tempo ela se recupera e tudo ficará bem.

Lu disse.

- Vai sim... agora tenho que ir, peguei estrada direto, preciso de um banho e comida.

- Está cedo, não aceita um café mesmo?

- Eu bem que queria, mas vamos pegar estrada amanhã cedo, prefiro ir logo para casa, temos muito o que fazer e conversar.

Olhou para a Ana, essa conversa não será muito boa, mas é necessária.

- Entendo, boa viagem para vocês.

Entreguei a mochila dela ao pai e dei o último abraço.

- Obrigada por cuida dela, Isa, se quiser ir nos visitar, será muito bem-vinda.

Meus amores | [BDSM]Onde histórias criam vida. Descubra agora