Mistakes - Rosaberta

Lembranças

PRIMEIRAMENTE, BEM VINDOS DE VOLTA! SENTI  MUITA FALTA DE VOCÊS.

SEGUNDO, ESSA É UMA ADAPTAÇÃO DE UMA FIC WANTASHA CHAMADA "MISTAKES" QUE A AUTORA MARAVILHOSA ME PERMITIU FAZER E TRAZER PARA ROSABERTA.

(Inclusive para quem gosta de fics Wantasha deem uma passada no perfil da tina_fanfic  as histórias são incríveis.)

E POR ÚLTIMO, É TUDO DIVERSÃO! ESPERO QUE APROVEITEM E SE DIVIRTAM COM A HISTÓRIA.

-x-

ROSAMARIA MONTIBELLER

Frio.

Foi a primeira coisa que senti quando minha bochecha quente pelo choro encostou na porta. Cansada e vencida pelo medo. Eu podia ouvir vários sussurros pelo lado de fora, como se alguém estivesse rindo e ao mesmo tempo tentando fazer silêncio.

Talvez ela estivesse esperando eu gritar novamente.

- Montibeller? Eu não posso acreditar que você já se rendeu! - A voz de Roberta saiu baixa, como se ela estivesse querendo instigar alguma reação em mim. – Vamos lá, grite para mim. Tenho certeza que você é do tipo que grita!

Eu ouvi algumas risadas e o barulho de uma garrafa caindo no chão. É claro que Roberta Ratzke estava bebendo. Eu nunca conseguia entender como alguém conseguia trazer uma garrafa de vodca para dentro do colégio e nunca ser pega. E ela fazia isso todos os dias durante o nosso último ano.

Roberta mal tinha completado dezessete anos, como sequer conseguia comprar essa merda?

Ela esperou em silêncio mais algum tempo, mas me mantive calada. Algo dentro de mim dizia que se eu parasse de berrar como a garotinha que eu era, ela destrancaria a porta da sala e me deixaria sair. Ela só queria chamar atenção da trupe de babacas que andavam ao seu lado.

Rosamaria Montibeller não daria esse presente a eles.

Já havia virado rotina. Roberta tinha se transformado na maior idiota do colégio. Isso fez com que ela começasse a maltratar as pessoas por aí, apenas para manter a sua fama de dona do pedaço. Por incrível que pareça, eu sempre estava no caminho dela quando a idiota supracitada queria fazer algo de ruim. Colocar sal em um suco, colar a mochila na cadeira, esconder as roupas no vestiário.

Hoje ela tinha ido longe demais.

Roberta me trancou na sala de vídeo escura há quase vinte minutos agora e isso me deixou em pânico total. Nos primeiros quinze minutos eu gritei, esperneei e implorei para que ela me deixasse sair, mas isso só causou mais risadas e diversão.

Era por isso que eu estava decidida a me manter calada até que ela desistisse dessa brincadeira idiota ou alguém percebesse o que estava acontecendo e me tirasse daqui.

- Talvez eu deva deixar você aí até amanhã. Não é como se alguém fosse mesmo sentir a sua falta. – Ela riu mais uma vez e eu apertei meus olhos numa tentativa frustrada de conter as lágrimas.

Por que ela fazia isso comigo?

Eu estava tão concentrada em não chorar que o primeiro barulho de explosão passou despercebido a mim. Logo em seguida outro estrondo me fez pular. Olhei rapidamente para o ar condicionado que estava agora faiscando por todos os lados e deixando um rastro de fogo que se iniciava do teto e ia até o fim da parede.

- ROBERTA! – Eu gritei por impulso, enquanto tentava ficar o mais longe possível do fogo. – POR FAVOR, ABRA ESSA PORTA AGORA! ESTÁ PEGANDO FOGO!

- Parece que alguém resolveu dar o que eu queria! – Ela gritou rindo pelo lado de fora. – Você quer que eu chame os bombeiros?