Eu Não te Odeio 💌 | Wenclair

2. Saudade

🍷 palavrinhas da autora que ninguém liga no comecinho 🍷

Sério seis não sabem o quão BOM é escrever a Wandinha, achei que seria difícil pra mim mas caraaaa esse humor sombrio é tão fácil de fazer e a Wandinha é só tão ahxwkfsifi 💞🍷 adoro escrever sobre coisas q eu nunca escrevi antes. Essa fic tá sendo feita com todo meu amor e carinho, sério.

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• Wed POV •

Passei o dia refletindo sobre como que eu fugiria da festa do Mazurka. Eu poderia pedir para o Mãozinha me ajudar á sabotar o avião na viagem de volta de São Francisco ou algo assim.
A biblioteca da casa, e também escritório de meu pai, sempre foi meu santuário amaldiçoado. Um lugar em que meus pensamentos mais obscuros eram conhecidos apenas pelos livros, e a solidão daquela sala, era boa, diferente de meu quarto por alguma razão.
Eu estava sentada na mesa de meu pai, em sua cadeira de escritório chique, imaginando que um dia aquele espaço teria meu nome. Não só isso, mas a casa inteira também. Para me ajudar á pensar em um plano, eu estava lendo um livro sobre alguns sujeitos que escaparam de Alcatraz. Mas, minha concentração foi interrompida por leves toques na porta de carvalho. Era apenas meu pai.

Gomez: Toc, toc. Estou interrompendo alguma coisa?

Wed: Sempre — Fechei o livro, o que causou um barulho um pouco alto, o colocando sob a mesa — Eu já estava de saída.

Gomez: Ah não, curta esses livros o quanto quiser minha víborazinha. Eu só queria falar com você sobre o Mazurka...

Wed: Mais uma tentativa de fazer com que eu participe disso? Minha mãe que te pediu pra falar comigo?

Gomez: O que?... Não, filha.

Uma parte de mim ficou desapontada por não se tratar de mim o assunto, e a outra, intrigada. Cruzei os braços.

Wed: Então o que é?

Ele olhou para trás de si como se estivesse garantindo que ninguém estaria escutando nossa conversa, então, ele fechou a porta e veio até mim tranquilamente.

Gomez: É sobre seu irmão... Ele não quis quebrar as vidraças do vizinho jogando golfe, não quis almoçar e ele mal brincou com os fósforos hoje... Por acaso, minha escorpiãozinha mortal, sabe o que atormenta o coraçãozinho do meu pobre garotinho?

Ele veio chorando até meu ombro, depois que senti algumas gotas molhando minha blusa preta casual, afastei ele com a ponta dos dedos. Ele tirou um lencinho de seu paletó e enxugou as lágrimas.
Meu lugar favorito tinha sido infestado com esse drama paternal, então decidi no mesmo instante que não leria mais ali com tanta frequência.

Wed: Ele apenas está chateado porque não tem par. De novo. Não sei porque ele está chocado se todos os anos são assim.

Meu pai começou á andar de um lado para o outro pensativo, ele murmurava como se estivesse bolando algo engenhoso, o que até me fez lembrar de quando eu estava pensando num plano de fuga há alguns minutos antes.
Do nada, ele bateu o pé forte no chão, e, super empolgado exclamou:

Gomez: Eu tive uma idéia!

Ele veio até mim colocando as mãos firmemente em meus ombros. Eu estava super desconfiada e curiosa com o que se passava na mente ofuscada de meu pai.

Gomez: Você vai para São Francisco em breve certo?! Ver sua amiga??!

Wed: Achei que o propósito de ter fechado a porta era ninguém escutar a gente, gritar não ajuda em nada, pai.