Capítulo IX

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Rhaenyra disfarçou surpresa e olhou fixamente a criança depois encarou Aemond que não se intimidou. A rainha pensou por um momento antes de tomar qualquer decisão precipitada.

– Vá para seus aposentos, conversaremos mais tarde. Vou pedir para que um guarda lhe chame. – Aemond fez o que ela disse e se recolheram. Rhaenyra foi furiosa dar a mais nova notícia a Daemon que estava duelando com Sir Criston Cole para, segundo ele, aprimorar suas habilidades com quem considerava alguém a altura mesmo que, na verdade, só quisesse humilhá-lo de alguma forma.

– Daemon.

– Já vou minha rainha. – Ele disse se esquivando de um ataque de Criston.

– Daemon, agora.

– Podemos continuar mais tarde, meu rei. – Criston disse meio debochado o atacando outra vez.

– Não se preocupe Cole, isso não vai demorar. – Daemon o atacou, mas o espadachim se esquivou.

– Daemon! – Rhaenyra levantou a voz e eles pararam, Daemon suspirou e olhou para ela decepcionado.

– O que foi? – Perguntou se aproximando dela.

– Aemond...

– O que tem ele?

– Vamos para um lugar mais apropriado. – Ela o puxou e falavam enquanto andavam pelos corredores do castelo.

– Diga logo. – Daemon pediu impaciente.

– Mais cedo seu sobrinho chegou com uma criança nos braços.

– O quê? – Daemon perguntou retórico, surpreendendo-se com o fato.

– Ele disse que é filha dele. – O rei ergueu as sobrancelhas, chocado.

– O que você planeja fazer?

– Eu não sei, por isso vim falar com você.

– Quem mais sabe?

– Todo povo. Ele entrou com ela pelos portões da frente, fez questão de que todos soubessem.

– Você pretende bani-los?

– Talvez, mas não quero ficar conhecida como impiedosa a esse ponto afinal todos já pensam que matei Laenor e agora mais isso...

– Por outro lado se você permitir que eles fiquem, Aemond poderá vê-la com mais respeito e ser mais obediente.

– Ele matou meu filho.

– Você quer matar o dele?

– Por mais que eu queira isso, o povo saberia e pensaria que fiquei louca sendo cruel ao ponto de matar um bebê.

– Que imagem quer passar para todos? Se quer ser como seu pai a resposta é simples.

– Meu pai deixaria que eles ficassem.

– E é o que você quer?

– Ele matou Lucerys, meu filho mais doce. Acha que devo deixá-lo impune? – Ela parou e perguntou retórica olhando nos seus olhos.

– Isso quem decide é você, Rhaenyra.

– Pensei que me ajudaria.

– Está me perguntando o que eu faria?

– Diga...

– Eu não me importo com ele, mas pensar em tê-lo a baixo dos meus pés

seria engraçado. Se Aemond dissesse qualquer coisa que me desagradasse essa seria a primeira coisa que diria para humilhá-lo afinal é uma grande desonra, tanto que me surpreende ele ter assumido esse erro. Depende se você quer se vingar a longo prazo ou de uma vez por todas. Se aceitá-los será vista como piedosa, se mandá-los para longe será vista como vingativa. – Pensou um pouco. – Gosto mais da segunda opção. – Franziu os lábios e depois sorriu.

A queda do dragão | House of the dragonOnde histórias criam vida. Descubra agora