Capítulo XII

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Quase cinco anos se passaram desde o incidente e agora com quase dez, Visenya queria ver os filhos de Aegon e Helaena domarem seus dragões ao mesmo tempo em que tinha esperança de também domar algum no futuro. Os primos não gostavam dela, provavelmente pelo fato de Aegon incitar a discórdia por a menina ser bastarda, mas isso não impediu que ela fosse até o fosso dos dragões vê-los. O dragão de cada um dos gêmeos eram jovens, vindos do ovo que foi colocado no berço de cada um deles. Viu Jaehaera conseguiu domar o seu antes de Jaehaerys, o menino caiu assustado quando viu o fogo do seu dragão mesmo que ele próprio tenha dado a ordem, o que fez Visenya rir. Ele, bravo, intimidou ela que nada disse apenas gargalhou outra vez.

– Fique quieta bastarda! – Gritou deixando ela constrangida, fazendo seu sorriso ir embora e quem passou a gargalhar foi ele. Jaehaerys olhou para ela e depois para o dragão com um sorriso, o dragão que não era muito grande encarou a menina da mesma forma que o futuro montador e então apostos ele disse. – Dracarys! – Ela se esquivou do fogo e o menino começou a rir maligno.

– Já chega. – O instrutor falou e os guiou até a saída, mas antes que ela saísse, retornou e pensou em domar aquele dragão adulto. Foi até ele que estava mais ao fundo no fosso e ao ver sua magnitude mesmo sendo menor que Vhagar, se assustou. Ele baforou fogo e ela correu, repetindo a mesma atitude e tendo a mesma consequência do seu pai décadas atrás.

– Você nunca vai conseguir. – Ela se deparou com Jaehaerys.

– Você não sabe! Talvez um dia eu dome um dragão muito maior que o seu vai ser.

– Quer ser igual ao seu pai? Então eu vou deixá-la igualzinha a ele. – O menino disse empunhando a adaga e atacou seu rosto, ela conseguiu desviar, mas um corte profundo foi causado na sua bochecha esquerda. Ele não parava mesmo com a arma ensanguentada, aquela briga só teve fim quando Visenya deu uma rasteira no primo e correu para fora do fosso com a mão sobre o corte. Horas mais tarde Aemond andava pelos corredores do castelo a passos largos e quando chegou à sala abriu as portas bruscamente o que causou um barulho estrondoso. Visenya, já com o meistre que desde pequena vinha lhe ajudando, estava sentada em uma cadeira que nem mesmo seus pés chegavam ao chão.

– Papai! – Ela disse surpresa e em seguida resmungou pela dor do corte que o meistre limpava.

– O que houve?

– Ela contou que o filho de Aegon, Jaehaerys pegou sua adaga e a atacou dizendo que a deixaria como você.

– Ela ficará bem? – Aemond perguntou depois de suspirar pesadamente, estressado.

– Ficará uma cicatriz, mas nada além disso. – O meistra concluiu depois de costurar a ferida.

– Preciso fazer algo, não saia daqui, Visenya. – Aemond saiu da sala e foi até o quarto do irmão que estava atirado de bruços nu da cintura para baixo em cima da cama. Os guardas não impediram sua entrada e com o barulho da porta, Aegon acordou meio grogue. Aemond o empurrou para que ficasse de barriga para cima e o pegou pela gola da camiseta. – Você sabe o que aconteceu? – Aemond perguntou e Aegon com os olhos semicerrados pelo sono pensou um pouco.

– Ah... Coisa de criança.

– Coisa de criança? – Aemond se alterou e aproximou ainda mais o rosto do irmão do seu. – Ela poderia ter ficado cega!

– Hmm... Você se dá bem com um olho só, talvez ela também... – Aegon riu antes de concluir e Aemond deu-lhe um tapa. – Aii! – O irmão resmungou e colocou a mão em cima da bochecha que ficou vermelha.

– Se você não educar seus filhos, eu vou. – Aemond se dirigiu até a porta do quarto e Aegon sentou-se na cama.

– Ela é uma bastarda! Por que se importa tanto? – Aemond segurou o passo e olhou o irmão sobre o ombro.

A queda do dragão | House of the dragonOnde histórias criam vida. Descubra agora