Quase cinco anos se passaram desde o incidente e agora com quase dez, Visenya queria ver os filhos de Aegon e Helaena domarem seus dragões ao mesmo tempo em que tinha esperança de também domar algum no futuro. Os primos não gostavam dela, provavelmente pelo fato de Aegon incitar a discórdia por a menina ser bastarda, mas isso não impediu que ela fosse até o fosso dos dragões vê-los. O dragão de cada um dos gêmeos eram jovens, vindos do ovo que foi colocado no berço de cada um deles. Viu Jaehaera conseguiu domar o seu antes de Jaehaerys, o menino caiu assustado quando viu o fogo do seu dragão mesmo que ele próprio tenha dado a ordem, o que fez Visenya rir. Ele, bravo, intimidou ela que nada disse apenas gargalhou outra vez.
– Fique quieta bastarda! – Gritou deixando ela constrangida, fazendo seu sorriso ir embora e quem passou a gargalhar foi ele. Jaehaerys olhou para ela e depois para o dragão com um sorriso, o dragão que não era muito grande encarou a menina da mesma forma que o futuro montador e então apostos ele disse. – Dracarys! – Ela se esquivou do fogo e o menino começou a rir maligno.
– Já chega. – O instrutor falou e os guiou até a saída, mas antes que ela saísse, retornou e pensou em domar aquele dragão adulto. Foi até ele que estava mais ao fundo no fosso e ao ver sua magnitude mesmo sendo menor que Vhagar, se assustou. Ele baforou fogo e ela correu, repetindo a mesma atitude e tendo a mesma consequência do seu pai décadas atrás.
– Você nunca vai conseguir. – Ela se deparou com Jaehaerys.
– Você não sabe! Talvez um dia eu dome um dragão muito maior que o seu vai ser.
– Quer ser igual ao seu pai? Então eu vou deixá-la igualzinha a ele. – O menino disse empunhando a adaga e atacou seu rosto, ela conseguiu desviar, mas um corte profundo foi causado na sua bochecha esquerda. Ele não parava mesmo com a arma ensanguentada, aquela briga só teve fim quando Visenya deu uma rasteira no primo e correu para fora do fosso com a mão sobre o corte. Horas mais tarde Aemond andava pelos corredores do castelo a passos largos e quando chegou à sala abriu as portas bruscamente o que causou um barulho estrondoso. Visenya, já com o meistre que desde pequena vinha lhe ajudando, estava sentada em uma cadeira que nem mesmo seus pés chegavam ao chão.
– Papai! – Ela disse surpresa e em seguida resmungou pela dor do corte que o meistre limpava.
– O que houve?
– Ela contou que o filho de Aegon, Jaehaerys pegou sua adaga e a atacou dizendo que a deixaria como você.
– Ela ficará bem? – Aemond perguntou depois de suspirar pesadamente, estressado.
– Ficará uma cicatriz, mas nada além disso. – O meistra concluiu depois de costurar a ferida.
– Preciso fazer algo, não saia daqui, Visenya. – Aemond saiu da sala e foi até o quarto do irmão que estava atirado de bruços nu da cintura para baixo em cima da cama. Os guardas não impediram sua entrada e com o barulho da porta, Aegon acordou meio grogue. Aemond o empurrou para que ficasse de barriga para cima e o pegou pela gola da camiseta. – Você sabe o que aconteceu? – Aemond perguntou e Aegon com os olhos semicerrados pelo sono pensou um pouco.
– Ah... Coisa de criança.
– Coisa de criança? – Aemond se alterou e aproximou ainda mais o rosto do irmão do seu. – Ela poderia ter ficado cega!
– Hmm... Você se dá bem com um olho só, talvez ela também... – Aegon riu antes de concluir e Aemond deu-lhe um tapa. – Aii! – O irmão resmungou e colocou a mão em cima da bochecha que ficou vermelha.
– Se você não educar seus filhos, eu vou. – Aemond se dirigiu até a porta do quarto e Aegon sentou-se na cama.
– Ela é uma bastarda! Por que se importa tanto? – Aemond segurou o passo e olhou o irmão sobre o ombro.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A queda do dragão | House of the dragon
FanficToda ação tem uma reação, toda reação tem suas consequências, mas ele não imaginava que aquela ventania causaria uma tempestade na sua vida. Depois da queda no mar tio e sobrinho precisavam um do outro para sobreviver e depois do dia cansativo, quan...