Rompecorazones - Gavi ✅

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Querido destruidor de corações

Já não acredito mais em você.

Barcelona, Catalunya

Maya

Eu deveria seguido minha intuição.

Eu não deveria ter dado ouvidos a minha prima, eu não deveria ter vindo a essa festa.

Nunca gostei de festas, música alta, bebidas, mais por ele, eu ia sempre que podia ao Camp Nou.

Por ele eu enfrentava minha demofobia, mais olhando agora tenho certeza que isso nunca significou nada para ele.

Meu celular tocou mais uma vez e virei a tela para baixo.

Não queria ouvir a voz dele com alguma desculpa, e, eu também sabia que de alguma forma ele iria me convencer a falar com ele.

Era sempre assim.

Ele vacilava , eu falava que não iria mais acontecer novamente, ele me convencia com alguma desculpa, e eu tola como era, perdoava e tudo novamente se repetia.

Era um ciclo que nesse momento estava disposta a colocar um final.

Eu merecia mais do que Pablo Martín Páez Gavira estava disposto a me dar.

Eu não iria mais chorar por ele, não iria mais ter meu coração despedaçado por ele.

- Maya por favor abre essa porta...

Eu deveria saber que ele viria até minha casa, afinal, éramos vizinhos e por ironia do destino meu irmão Pedri, além de ser o melhor amigo dele, era também seu companheiro de equipe.

- me deixa explicar por favor...

Mais uma batida na porta e fechei os olhos.

Eu deveria ter seguido os conselhos que meu irmão me dera, mais eu fui uma boba que achei que poderia dar certo.

Grande engano.

- eu sei que você está aí dentro - falou - Pedri me disse que você não saiu do quarto desde que chegou...

- então você sabe que não vou abrir a porta agora Gavi, me deixa sozinha, vai pra sua casa...- respirei fundo e tentei manter minha voz firme - ou melhor volta para a festa e para a ruiva que estava com você mais cedo, tenho certeza que ela vai perdoar o fato de você ter deixado ela para vir atrás de mim...

Mais uma batida.

- ela não significa nada para mim Maya, por favor ...

Limpei meus olhos e levantei da cama e segui até a porta e me encostei na parede.

- Vai embora Gavira...

Falei e abri a porta o vendo usando a mesma camisa amassada, o cabelo bagunçado e uma marca de batom no pescoço e dei um sorriso de lado.

- ela não significa nada - passei o dedo no seu pescoço e mostrei a mancha - ela sabe disso?

Ele passou a mão borrando a mancha e me olhou com os olhos expressando culpa.

- Maya...

Cruzei os braços e respirei fundo.

libert's one shot'sOnde histórias criam vida. Descubra agora