Prólogo

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— É sério, por favor... desista dessa vingança idiota! — Pediu o castanho com os olhos marejados — você roubou um museu! Depois disso vai ser o quê?

— Vingança idiota?! Eles é quem nos roubaram! Eu só peguei o que é nosso por direito! Eles invadiram nossas terras, pegaram o queriam, é nossa vez de cobrar o prejuizo! — sua voz saia mais irritada do que gostaria.

— Eu... eu não entendo! — o castanho se sentia frustrado, desde que começaram esse relacionamento conturbado tentava fazer Erik desistir de sua vingança, quanto mais se aproximava do dia, menos esperanças tinha.

— É claro que não entende! Não foi sua cultura que foi roubada de você, pelo contrário, foram vocês quem roubaram! — Se arrependeu assim que proferiu tais palavras.

— Você não está sendo justo, Erik. Você sabe que eu... eu sempre estive ao seu lado, mesmo não concordando com isso, mantenho Fury longe de você, eu não tenho culpa pelo que meus antepassados fizeram. — Nesse momento as lágrimas já começavam a cair.

— Ei... — Chamou, tentou se aproximar, mas o castanho se afastou. Ambos precisavam se acalmar. — Eu sou um idiota, tá bem? Eu sei que não tem culpa, é só... esse assunto me deixa estressado.

— Não tem porquê descontar em mim! — Disse com a voz chorosa.

— Eu sei, desculpe, pequeno. — Limpou as lágrimas que escorriam pelo rosto do ômega — Não chora, tá? Eu não gosto de te ver chorando.

— Então não me faça chorar! — Erik o puxou para si, o menor retribuiu o abraço de imediato, odiava brigar por esse motivo. 

As brigas não eram frequentes, o castanho entendia a raiva de Erik, ele mesmo... quando descobriu que tinha sido Bucky que matou seus pais, se encheu de raiva e frustração, não demorou a descontar sua raiva em alguém. Mas de certa forma, naquele momento de raiva, Bucky era culpado por matar seus pais e Steve por mentir. Não via sentido em descontar em pessoas inocentes. — Me beija — Pediu, sua voz sai quase como uma súplica. O alfa não demora a atender ao pedido de seu ômega, logo tomando seus lábios para si. — Me marca. — Pediu separando o beijo, ofegante.

— O quê?

— Me marca. — Pediu novamente — eu sou seu, não tem porque enrolar mais.

— Eu não vou fazer isso. — O ômega se afastou desconcertado pela negativa de seu alfa. — eu vou invadir Wakanda, não posso fazer isso com você.

— Você pretende me deixar quando conseguir o que quer? —  A voz começava a ficar embargada.

— Claro que não! Já falamos sobre isso... eu só acho que seria melhor fazer isso quando eu puder ficar com você sem interrupções, não quero que você fique preso a mim se algo der errado...

— Eu não me importo. — Começou a soltar seus feromônios, incitando ao Alfa. — e você não tem o direito de me deixar sozinho para "algo dar errado".

— Pequeno, não... — O ômega selou seus lábios, deixando as palavras morrerem em um beijo demorado.

Meses depois.

— Não vai, Erik. Por favor... — Pediu.

— Eu tenho que ir... você sabe que vivi minha vida pensando nesse dia. O dia em que vingarei meu pai, pequeno. — O menor sabia que ele não desistiria, mas precisava tentar.

— Eu não vou compactuar com isso. Você não pode invadir Wakanda, Erik. T'challa acabou de perder o pai, não é justo. Ele não tem culpa...

— Justamente por isso é a hora perfeita. Wakanda acabou de perder seu rei, estará mais fraca, esperei até que você se recuperasse, agora chegou a hora.

— Erik, amor... — Se aproximou tocando seu rosto — T'challa é uma boa pessoa, um amigo. Não quero que ele se machuque...

— Você lutou ao seu lado uma vez e já o está defendendo?!

— Eu gostei dele, ele me ajudou quando... você sabe. — Por algum motivo, o gênio realmente havia criado um carinho especial pelo rei de Wakanda.

— Gostou, é?

— Não o machuque, Erik... não muito pelo menos.

— Farei o possível para fazer isso.

— Você terá que lidar com isso sozinho. Eu te amo, mas não vou mais te ajudar. Não vou te dar minhas armas. Não quero que T'challa ache que estou contra ele.

— Argh! Você só fala dele desde que o encontrou.

— Ciúmes? — Perguntou com um sorriso ladino.

— Não... — hesitou. O menor sabia que era um sim, Erik não era do tipo que demonstrava constantemente o que sentia, mas já havia provado várias vezes que o amava. — Eu tenho que ir... — Sussurrou, enquanto alisava seu cabelo o colocando atrás da orelha, o castanho não tinha o cabelo comprido, mas Erik gostava de fazer isso.

— Eu não quero que vá...

— Eu sei... — Se desvencilhou dos braços do ômega, indo até sua mochila e pegando uma máscara africana.

— O que... sua máscara? Eu sei que gosta dela, mas ir usando ela? Achei que o plano fosse não chamar a atenção...

— Não... — estendeu a mesma, o gênio a pegou receoso. — me devolva quando eu voltar, — pediu, o menor a colocou sobre a mesa — quando voltar, você estará casado com um rei! — Disse com um sorriso ladino

— Eu preferia te ter aqui, não preciso casar com um rei...

— Achei que estivesse interessado em T'challa por ele ser um rei.

— Você... isso é por causa dele?!

— Você será rei ao meu lado.

— Erik, eu não- — O maior selou seus lábios antes que o gênio pudesse terminar sua frase. O menor não perdeu tempo e impulsionou seu corpo, pulando em seu colo, enlaçando suas pernas ao redor de sua cintura. Logo aprofundando o beijo, começando um ósculo necessitado e apaixonado.

— Não morra, Erik. — Pediu ofegante, separando o beijo. — volte para mim.

— Eu te amo, Anthony. — O gênio sorriu apaixonado, antes de voltar ao beijo

Meu pai dizia que Wakanda era o lugar mais bonito que ele tinha visto. Ele prometeu que iria mostrar para mim um dia.

— É muito lindo. — Disse ao ver um vislumbre do sorriso de seu amado em sua mente. T'challa imaginou que estivesse falando da vista do pôr do sol à sua frente, estava errado.

O corpo de Erik caiu ao chão de forma brusca, uma granada pequena caiu de sua mão. T'challa a pegou na mão, parecia ser feita de Vibranium, logo um escrito chamou sua atenção: STARK.

Dois Amores - IronPanther & ErikxTony Onde histórias criam vida. Descubra agora