Meu amor androide (Connor x Reader)

Sonhos.

6 de novembro de 2038
13:26

Um jardim florido e uma pessoa, não...uma mulher. Uma mulher negra que estava de costas. O local era calmo, não havia praticamente barulho nenhum a não ser da água se mexendo no rio, muito diferente da cidade barulhenta. Não que eu odeie Detroit, mas aquele lugar parecia reconfortante de certa forma.
- Onde estou? - Você perguntou á mulher que permanecia de costas com as mãos na frente de seu corpo.

- Em breve você descobrirá...- Sua voz grave, então, a mulher se virou, seu rosto parecia embaçado, por isso não conseguia ver praticamente nada dele. Mas você conseguiu perceber um sorriso no rosto dela. Ela então voltou a ficar de costas, ela levantou seu braço esquerdo e então você começou a escutar um barulho que parecia ser estranhamente comum pra você e parecia que o local que antes era completamente calmo, virou um local extremamente barulhento.

Então, você acordou com o barulho da porta da frente de seu apartamento se abrindo, lentamente, você se levantou e se escondeu ao lado da porta, colocando seu rosto para tentar descobrir qualquer pessoa que estivesse tentando invadir...seja lá se for isso. "Droga, não tranquei a porta antes de dormir...quer dizer, não que eu me lembre..." então, você viu uma figura masculina, você foi andando lentamente para não fazer barulho até uma caixa em baixo da cama e pegou a pistola que tinha nela, apontando para a porta.

Antes que pudesse atirar, o homem veio até a porta, por Deus, você iria atirar em qualquer pessoa que estivesse ali.
Ele começou a caminhar até seu quarto e abriu a porta, seu dedo estava no gatilho preparado pra atirar.
Graças a Deus, era Connor. Você estava pronta pra atirar, um deslize e a arma disparava.

- Eu...só quis vir aqui avisar sobre o caso, você não atendia a ligação então tive que vir checar se estava tudo bem. - Connor fala com sua voz calma.

- PUTA QUE PARIU!...pensei realmente que era alguém invadindo...você NUNCA mais invade a casa de alguém assim. - Você disse abaixando a arma e apontando o dedo para o androide. Então, você guarda a arma na caixa.

- Sua porta não estava trancada, sugiro que tenha mais cuidado da próxima vez, detetive. Liguei varias vezes e você não atendeu, pensei que talvez estivesse em perigo ou algo assim - Ele disse.

- Eu estaria de boa se ALGUÉM...não invadisse minha casa... e se eu te processase por invasão a domicílio? - Perguntei cruzando os braços e encarando o androide.
- Já veio me verificar, agora pode ir embora. Ainda tenho que tomar banho pra ir pra delegacia. - falei num tom monótono.

- Bom, acredito que seria melhor se eu acompanhasse a senhorita até a delegacia, seria um trabalho menor se fossemos juntos. - Ele falou e sem ligar para minha resposta, saiu do quarto.
- Me avise quando acabar! - Ele falou de fora do quarto.

Eu bufei de raiva, o que eu mais odiava era que alguém interrompesse meu sono. Eu esfreguei os olhos e bufei novamente, então entrei no banheiro e caminhei até o box, abrindo-o e ligando na água morna. O inverno já estava começando a chegar, já que estávamos no outono. Só de pensar que o inverno estava chegando e eu poderia passar o Natal com meus parentes e teria férias do trabalho, eu já ficava feliz. Já fazia um bom tempo desde que vi meus familiares pela última vez. Ainda tenho um longo mês pela frente. Esfreguei meu couro cabeludo e fechei os olhos, não ligava quanto tempo demorasse, já estava atrasada mesmo e Hank sempre chegava tarde, eu chegar tarde uma vez ou outra não tinha problema algum.

CONNOR POV ~

Não sabia que entrar na casa de alguém assim seria errado, bom, de qualquer forma a Detetive esquecerá em um piscar de olhos, os humanos são máquinas frágeis. Tenho certeza de que muitos deles não se lembram nem do que fizeram no dia anterior.
Eu estava parado na porta do quarto da Detetive, então, resolvi dar uma olhada pela casa dela. A casa por si só tinha um ambiente, aconchegante? Não sei se essa é a melhor palavra, bom, é difícil pra mim dizer se a casa é ou não algo. Mas ela tinha seu conforto. Observei alguns dos quadros que tinha nela, então ouvi um leve miado vindo dos meus pés, assim que olhei pra baixo, era um felino de coloração laranja, branca e preta, suas cores bem distribuídas por seus pelos. Observei a coleira que o animal tinha, estava escrito "Nina". Acaricie sua cabeça com um leve sorriso.

Enquanto o Tenente possui um cachorro, a Detetive possui um gato? Ambos são bem diferentes um do outro, eu gostaria de saber o que fez ambos se aproximarem e criarem um vínculo. Humanos são realmente interessantes, por assim dizer. Coloquei a mão no bolso e peguei uma moeda, mexendo nela.
Enquanto mexia na moeda, comecei a observar outros locais da casa, gostaria de saber o que ela gostava e o que não gostava, penso que isso formaria uma certa amizade entre nós.

Então, escutei um barulho vindo da porta do quarto da Detetive, ela havia saído do quarto, seu cabelo estava molhado e ela estava usando uma jaqueta de couro preta, uma calça jeans da mesma tonalidade de sua jaqueta, ela então deu um leve sorriso e então disse.

- Vejo que conheceu o amor da minha vida. - Ela falou pegando a gata no colo e acariciando sua cabeça, então dando um beijo nela.
- A mamãe já volta meu bem. - Ela disse, colocando a gata no chão.

- Parece sentir um afeto especial pela felina, detetive. - Ele falou enquanto estava parado ali.

- Tá legal, podemos ir já.