016. Fazendo merda e sanduíche

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A respiração profunda podia ser ouvida a uma grande distância. Ofegante. Ellie mirava em seu alvo mais uma vez, com raiva e frustração. Tentava normalizar a respiração, mas o desconforto que sentia em seu corpo dificultava, e muito. Estava exausta, mas não pararia.

Atirou mais agulhas na árvore parada.

Não teve o efeito que ela queria.

Bateu os pés e exclamou, irritada. - Que droga! Por que não vai?!

Olhava para a árvore marcada, uma parte com o desenho que ela tinha feito de um corpo humano e outra parte marcada pelas milhares de agulhas que tinha lançado.

Ellie estava treinando um novo feitiço, e isso já tinha algumas horas. Estava naquela floresta desde antes do Sol nascer, e agora se passava da hora do almoço, nem havia parado para comer.

Estava treinando desde que voltou da masmorra, sem parar. E um dia quando estava sozinha no Reino Comum, fazendo uma simples tarefa para o Capitão Vangeance, acabou entrando na biblioteca apenas porque achou ter visto algo suspeito lá dentro, e como uma boa Cavaleira Mágica, tinha que ir checar se estava tudo bem.

Mas definitivamente não foi para procurar livros sobre plantas e animais aos quais ela tanto gostava.

Ela acabou encontrando um livro que falava sobre o corpo humano, e como este era composto por pontos vitais, e, se esses pontos fossem atingidos, causavam alguns efeitos no corpo da pessoa, desde dormência, paralisia, desmaio, ou morte.

Pensou, por que não um feitiço onde eu possa atingir esses pontos a distância de forma rápida e que ninguém perceba? Era isso que estava tentando.

Não que ela estivesse fazendo com o objetivo de matar alguém, não concordava com a ideia de matar uma pessoa mesmo que esta fosse um inimigo. Sabia onde cada ponto vital ficava e o que cada um deles, se atingido, fazia. Havia estudado bastante, e agora, estava treinando.

"Magia de Luz: Agulha Vital"

Atirou mais uma vez na árvore e suspirou. Ela acertava os pontos desejados no desenho que havia feito, embora a árvore estivesse parada e soubesse que não é a mesma coisa que atirar em uma pessoa de verdade. Mas o problema real de estar tão frustrada, era a força da agulha. Queria conseguir atravessar a árvore, não apenas perfurá-la.

Para conseguir mirar as agulhas corretamente precisava de uma concentração que normalmente ela não tinha e um controle de mana extremamente alto. Esse não era um feitiço que gastava muito a sua mana, as agulhas que ela fazia eram tão finas quanto linhas, quase imperceptíveis a olho nu se não fosse pelo brilho que a magia de luz emitia.

Por gastarem tão pouca mana, ao menos que a pessoa esteja atenta, não iria sentir elas chegando, mas mesmo assim, ela tentava esconder a mana do ataque igual o mago guerreiro de Diamond fazia. As tornando quase invisíveis.

The Dawn Light - Black CloverOnde histórias criam vida. Descubra agora