Praiano Demais

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✿❀✿❀✿ Praiano Demais ✿❀✿❀✿

Maria: ON

Desembarcar no porto de Salvador foi como descansar de uma longa viagem em alto mar, e eu não tô falando da viagem de verdade, me refiro aquela da alma, com tempestades metafóricas.

Meu celular tinha descarregado quando ainda estávamos em Vitória, então eu não sabia se o Edu tinha ligado e sinceramente, estava aliviada por não saber, eu precisava de um tempo pra pensar na nossa situação.

Depois que tiramos as malas do barco, eu não sabia bem o que fazer, a Ana havia dito que era pra confiar nela, mas o jeito que ela ficou depois que colocamos o pé na areia me preocupou um pouco.

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Izadora- Ana, tem certeza que você tá bem?-

Maria- Amiga, o que você tá sentindo?-

A Ana começou a ficar ofegante assim que o chegamos, ela estava estranha e parecia preocupada.

Ana- Tá tudo bem sim, é só a viagem, barcos são uma praga.-

Não parecia ser isso, mas nós fingimos acreditar.

Caminhamos com o restante do grupo pela praia, Ana disse que o condutor do barco se chamava Garibe... Garibe ksksks. Enfim, nós o seguimos e chegamos ao hotel designado a nos receber.

Era até que... Incrível, quer dizer, a vista para o mar era o destaque. Longe da farra das ruas e perto de qualquer tipo de Lual praiano, eu amei!

A recepção foi muito calorosa, por mais que já passasse dàs 3 da manhã de sexta-feira.
Salvador já estava no clima carnavalesco pois havia começado na quinta-feira.

Depois de assinar uns papéis, Ana nos deixou no saguão e foi falar com alguém no celular, Iza e eu ficamos sem entender porque ela estava agindo daquela forma.

Cheguei a pensar que aquele mistério todo em parte pudesse ser nossa culpa, que nosso afastamento repentino fosse a raíz disso. Mesmo assim, concluímos que era melhor não incomodar.

No auge do cansaço, Izadora e eu nos me permitimos subir para o quarto que íamos dividir no terceiro andar do hotel.
A vista da pequena varanda era quase um convite para se jogar no mar, mesmo a noite. Mas eu não cedi, nosso primeiro dia de carnaval em Salvador tinha começado de um jeito sonolento e cansativo, mas eu estava me sentindo bem com isso.

(...)

Acordei ao meio-dia, nem vi a Ana chegar no quarto, só sei que ela estava deitada na cama perto da janela. Izadora também tinha acordado e falava ao celular.

Concluí que era hora de vestir um biquíni e ver o que o povo bahiano tinha para oferecer.

Izadora- Você viu a hora que a Ana chegou?-

Maria- Não, eu apaguei.-

Izadora- Ela parecia abatida quando chegamos, será que deu algo errado?-

Maria- Acho que ela teria falado, deve ser alguma coisa do trabalho dela. Vamos perguntar quando ela acordar.-

Foi o que eu disse e a Iza concordou. Ficamos nos arrumando no quarto por uns minutos, foi o suficiente para que Ana também acordasse. Seus olhos estavam um pouco inchados.

Izadora- Bom dia...-

Maria- Tudo bem, amiga?-

Ana- Sim... E vocês?-

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