Capítulo II
Jacob SetEu tenho quinze anos, o que é uma merda.
Rheene tem quinze anos, o que uma merda em dobro.
Pra ser sincero, nunca parei para pensar se tudo isso vez pelo menos um pouco de sentido, tirando o fato de que eu falo sozinho as vezes, eu me considero uma pessoa nornal. Duvido que entenda mais... as vezes a única coisa que eu queria era não ser tão normal, tao simples; por outro lado, Rheene é tudo ao contrario de mim, começamos pela aparência, seu fosse tao bonito quanto ela quase setenta por cento dos meus problemas estariam resolvidos – Não estou exagerando – ela é inteligente e faz coisas interessantes como pintar e tocar guitarra, eu não, não sou nem um pouco esperto e não concordo com muita coisa, o que me deixa muito irritado e agressivo, não tenho nenhum talento como ela tem. Ser comum não é nem um pouco gratificante.
Me levanto do chão e a ajudo a se levantar, o que ela fez com dificuldade já que aparentemente suas pernas estavam dormentes. A levo ate a porta e a destranco logo dando de cara com uma mesa redonda perto da ilha grande na cozinha, a deixo sentada em uma cadeira e me sento ao seu lado.
- Não quero contar para sua mãe sobre isso de novo, você sabe que ela não iria aguentar, então, lave o rosto e tome um copo de agua.
A observo se levantar e procurar o banheiro nos cômodos vazios e cheios de caixas, ela andou a esquerda para a sala, entrou no corredor e abriu todas as portas, seus ombros caíram quando ela abriu a ultima.
Ela não encontrou o banheiro.Andou ate o começo do corredor de novo e deu de ombros, passou por mim e foi ate a cozinha a direita, abriu a dorneira, despejou agua nas mãos e levou a ao rosto.
- Não fale para ela sobre isso, ouviu – ela falou enquanto procurava algo para enxugar o rosto.
Seus cabelos cacheados estavam jogados sobre os ombros o que a atraplharam bastante, sua pele estava escorrendo agua. Me levantei e fui em sua direção, a virei de frente para mim e com a manga da minha blusa enxuguei a agua de seu rosto.
- Não contarei. – afirmei sério
Fito seus olhos sem medo, tao escuros e com olheiras que somente quem a ve de verdade sabe que existem. Seus olhos se encheram de lágrimas num suspiro, duas lagimas se escorreram sobre sua bochecha, limpo com a manga da blusa e coloco seu rosto entre minhas mãos.
- Por que esta chorando? – sussurro dando um passo a frente.
Ela me encarou com os olhos cheio de lágrimas e me mostrou suas mãos, mãos lisas e limpas somente um pouco molhadas.
- Voce não ve? Estao sujas de sangue, é o sangue dele Jacob. Minhas mãos estão sujas pelo sangue do meu pai – fito suas mãos limpas, ela as esfregava contra seu corpo na tentativa de limpar a sujeira imaginaria.
- Não quer sair – ela suplicou, sua respiração começou a falhar e num instante pareceu que ela tinha corrido uma maratona.
Agarrei suas mãos e coloquei as em meu peito, as apertando contra ele.
- Não estão sujas, esta bem? Não esta sujando a camiseta, não estão sujas – de repente minha garganta começou a apertar e minha voz a distorcer, mais eu so percebi isso no final da frase – Não é sua culpa. Não diga isso de novo, esta me ouvindo? Não diga isso outra vez.
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Castelo De Ouro - Os Dois Reinos
FantasíaA cidade grande nunca fora tão assustadora para Rheene quanto aquela noite. A perca de seu pai, Jonh, a deixou abalada, e conforme o tempo foi passando a ideia de se jogar da varanda do apartamento foi ficando cada vez mais clara; após cansar de tan...