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                    Capítulo IV
                    Rheene Brinks

Honestamente nunca sonhei, e não foi diferente.

O sol já estava queimando meu rosto afundado no travesseiro de plastico. Estava tudo pacífico, silencioso.

Aquele castelo não saia de minha mente, eu ainda me perguntava se tudo aquilo era realmente real ou se foi ao a minha imaginação, talvez um sonho muito realista...

Ouço leves batidas na porta, parecia que meu corpo não se mexia, eu não tinha controle sobre ele, eu queria me mexer mais não conseguia. Bateram de novo, levantei meu braço não sentindo o, estava amassado e eu já imaginava como estava meu rosto. Começa um novo dia.

"Acho melhor ter dormido bem, por que me deixou em silêncio por quase dez horas"

Minha cabeça doeu e me frustrei a ouvir o eco mais uma vez, a voz masculina estava com um tom mais feliz aquela manhã.

- Por que você só não dá o fora da minha cabeça e me deixa em paz?... Afinal quem é você?

Eu estava com sono, com fome e a manhã estava gelada aquele dia. O clima chovoso me fazia ter vontade de se deitar novamente e nunca mais acordar.
Bateram na porta novamente.

"Quem sou eu? Ora, irá descobrir logo, se ligar é claro."

- E por que eu faria isso?

Batidas na porta.

"Por que se não morrerá."

A voz falou simples assim. Meu corpo gelou.

- Ótima forma de me desejar um bom dia.

Me levantei na cama e o açoalho estava gelado. Abri a porta ainda meio zonza de sono.

- Bom dia – Falei ao abrir a porta.

Minha mãe se encontrava ali, e como de costume usava suas calças legging e tênis de corrida.

- Eu estava indo correr, para você sabe... Conhecer a cidade. – ela estava esperançosa.

Seus cabelos estavam num rabo de cavalo grande, ela tinha feito tranças em seus cabelos, tranças vermelhas. Ela demorava pelo menos duas horas para fazer em metade de seu cabelo, como ela conseguiu fazer o cabelo inteiro nessa manhã?

- Quando fez tranças no cabelo? – me vi intrigada.

Ela hesitou aí me responder e seus olhos rodaram por todo o corredor.

- Essa, essa manhã. – ela me mostrou um sorriso falso – comecei logo depois do café da manhã, que você propositalmente perdeu.

Eu sorri e murmurei desculpas, sai do quarto em sua companhia em direção a cozinha. Jacob estava lá sentado sobre a mesa bebendo uma chácara de chocolate. Ele estava mais sereno, como se ainda estivesse dormindo. Me sentei ao seu lado.

- Acordou cedo hoje – ele murmurou.

- me acordaram – fitei minha mãe.

Ela revirou os olhos

– sabe Rheene, acordar antes do meio dia deveria ser uma regra aqui em casa. Tem ideia de que horas são?

- Não consegui dormir de novo – tomei um gole de café.

Ela me fuzilou com o olhar e bufou.

- estou saindo, volto pro jantar. Jacob, - chamou e ele atendeu – cuide da Âmber. – e saiu.

Ele em olhou confuso.

- Quem é Âmber?

Minha mãe me fez passar muita raiva ao longo desses quinze longos anos, mais colocar meu nome do meio de Âmber foi a gota d'água . Ela era... posso dizer assim, jovial para sua idade, aos quarenta e três anos tinha o corpo de trinta e o humor e personalidade de vinte. Acho que em parte, foi isso que conquistou meu pai, que sempre aparentou ter mais do que sua idade, aos trinta anos ele já exibia uma grande barba que chegava ao seu colo do peito. Sempre dei graças aos Deuses por ele nunca ter raspado a cabeça, seria humilhante ver ele com uma cabeça de ovo me buscar na escola.

Castelo De Ouro - Os Dois ReinosOnde histórias criam vida. Descubra agora