Detida pela lei

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                                                                                  Capítulo 10

                                                                                   Rheene


Acredite, você NUNCA vai querer ser estrangulado até desmaiar com um saco de batatas.

Todo meu corpo estava fraco e tenso. E com aquela dor de cabeça infernal parecia que eu ia explodir se me mexesse um milímetro se quer.

- Inferno – resmunguei. Por mais de ter falado o mais baixo possível, com o silencio em que estava, parecia que eu tinha gritado.

Meu corpo todo estava dolorido, isso me lembrou as manhas de treino, onde eu implorava a minha mãe para acordar um misero segundo mais tarde, pelo visto, não farei isso por muito tempo...

Mesmo fraca, sentei-me onde quer q eu estivesse, estava tudo completamente escuro onde nem minhas mãos eu conseguia ver, meus olhos lutavam para se ajustar com aquilo mais falhavam miseravelmente. Passei minhas mãos pelo chão, era terra úmida, uma terra fofa e estranhamente macia. Uma pontada de dor alcançou minha coxa direita, gemi com a dor repentina, pondo minha mão sobre o jeans que eu vestia senti algo molhado, meus sentidos lutavam para entender a situação. Estava molhado, levei meus dedos até minhas narinas. Eu estava machucada – me machucaram. – E sangrando.

- Merda! – Falei um pouco mais alto.

As memorias ainda estava vivas em minha cabeça, com todos aqueles sonhos e vozes, pensei que Diana estaria ali para me ajudar, não me esfaquear pelas costas, como bem fez. Lembrei-me da facada nas costas, minha mão foi correndo verificar o ferimento, passei meus dedos sujos por toda região das minhas costas, não havia nada ali. Corri também por minha barriga, não havia nadá-la também. Não entendia como teria sumido. Eu a vi me machucando, eu vi a adaga! Não posso ter imaginado isso. Eu não imaginei, eu vi, eu senti!

Por mais de todo esse sentimento, eu estava aliviada. Era provável que eu não sobrevivesse com aquele sangramento na barriga, já o da perna, eu tenho mais chances.

A dor só alimentava, mais o que eu poderia fazer? No barro e no escuro para piorar a situação. Respirei fundo. Ok, concentre-se Rheene, pense! O que jake faria nesse exato momento? Tateei minha camiseta torcendo para que o tecido não fosse muito resistente, suspirei com a ideia, mas rasguei o que eu imagino ser uma grossa tira de descido. Peguei a, localizei bem o ferimento e amarrei com força o tecido a fim de estancar o sangramento – ou pelo menos diminui-lo. Meus olhos arderam com o sentimento, a camiseta que eu vestia não era grande coisa, preta e larga, sem estampa alguma. Só que, por mais de não ser muita coisa, era a MINHA camiseta velha.

- Ok eu tenho que sair daqui – pensei alto.

Tentei me mover, mas minha perna doía mais e mais, grunhi em frustração. Estiquei meus braços para tentar tatear algo, eu estava completamente cega, se algo estivesse ali eu não teria a menor chance contra. Eu estava vulnerável. Me sentia vulnerável. Mas eu não me sinto assim quando estou com a... A JOIA. Medo me atingiu, o cordão não estava em meu pescoço.

- Não, não, não, não, não!

Não posso ter perdido, não posso ter perdido. Desesperada procurando a joia acabei movimentando a perna, um grito escapou de meus lábios, um tão alto que pude ouvir o eco ao longe. Não posso ter perdido o colar, não posso.

Estendendo meus braços no escuro esbarrei em algo, frio, duro e liso, talvez fosse uma rocha, e conseguia sentir que era alta. Me arrastei até ela e me apoiei devagar na medida do possível, sentada eu conseguia ter melhor noção de onde poderia estar. Estendi meu braço para cima, era um lugar alto, e pelo ar frio parecia ser amplo. Escorei-me na parede de tijolos ou barro, atras de mim. Eu tinha que sair dali.

Castelo De Ouro - Os Dois ReinosOnde histórias criam vida. Descubra agora