O que você vê quando olha pra mim?

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Depois daquela conversa que a Miranda teve com a mãe o dia foi passando, a princesa já estava se sentindo sufocada, aguentar esse castigo iria ser muito difícil, se ela ao menos pudesse ver o Alexander e avisar a ele o que estava acontecendo, mas isso era impossível

Então anoiteceu e a princesa com muita dificuldade conseguiu dormir, ela chorou quase a noite toda, mas ela nem imaginava as surpresas desagradáveis que a esperava no dia seguinte, quando amanheceu levaram café da manhã na cama, e depois o rei Arthur entrou no quarto dela

Arthur: Bom dia, dormiu bem?

Miranda estava deitada na cama com um olhar muito triste, seus olhos estavam vermelhos, tudo indica que ela estava chorando

Miranda: Impossível dormir bem depois de ser trancafiada no quarto como se eu fosse uma prisioneira, quanto tempo eu vou ter que ficar aqui?

Arthur: Vários dias, você anda muito desobediente, e não preserva a sua imagem de princesa, uma princesa não fica até anoitecer em uma aldeia, as pessoas vão começar a falar de você

Miranda: E eu ligo? A vida é minha!

Arthur: Miranda escuta, eu só vim aqui te dar um recado

Miranda: Qual?

Arthur: Eduardo veio te ver, ele tá lá na sala te esperando, se arrume e vá lá vê-lo

Miranda: Não posso sair, estou de castigo se lembra? -Fala na ironia

Arthur: Miranda eu odeio quando você me responde desse jeito, você anda ironizando e resmungando muito nesses últimos dias

Miranda se levanta da cama e vai até o pai

Miranda: Talvez eu esteja assim por sua culpa

Arthur: Claro né? Sempre que acontece alguma coisa ruim o culpado sou eu né? -Diz revirando os olhos

Miranda: Pai olha pra mim, olha nos meus olhos e diz o que você vê

Arthur: Vejo uma menina dramática que não entende que o pai só quer o melhor pra ela

Miranda: E desde quando me envolver com um cara que eu não amo é o melhor pra mim? Pai eu não amo o príncipe Eduardo, e eu nunca vou amar

Arthur: Miranda se um dia você se tornar rainha vão te chamar de rainha do drama porque é cada drama que você faz

Miranda: Pois sabe como o senhor deveria me ver?

Arthur: Fala -Diz cruzando os braços

Miranda: Deveria me ver sentindo culpa, pai eu não sou feliz e a culpa disso é toda sua, olha nos meus olhos, por que acha que eles estão vermelhos?

Arthur: Minha? Tá bom Miranda o que é que você quer que eu faça?

Miranda: Me deixe livre pra amar quem eu quiser, me deixa ser livre pra ser quem eu sou, eu não posso nem mandar nos meus próprios sentimentos porque o senhor não quer deixar, olha sinceramente é a primeira vez que eu vejo um pai que não se importa nem um pouquinho com a felicidade da filha!

Arthur: isso é um absurdo Miranda, é claro que eu me importo com a sua felicidade! -Fala enfurecido

Miranda: Não meu pai, o senhor só se importa com o senhor mesmo, e com dinheiro, ostentar riqueza é a sua única razão de vida!

O rei Arthur sente o sangue ferver então ele da um tapa na cara de Miranda

Miranda: A verdade dói né? Bater em mim faz a verdade desaparecer?

Arthur: F-Filha me desculpe eu não quis ter te batido, por favor me perdoa

Miranda: O tapa doeu sim, mas nada dói mais do que saber que o seu próprio pai não se importa se você está bem ou não.

Arthur: Por favor eu...eu

Miranda: O senhor manda e eu obedeço vossa majestade, eu vou lá conversar com o príncipe Eduardo

Arthur nem diz nada, ele simplesmente sai do quarto de Miranda transtornado

Miranda: Eu nunca pensei que eu pudesse odiar o meu próprio pai, mas ele ultimamente faz questão de fazer esse terrível sentimento nascer no meu coração

Miranda então enxuga as lágrimas que caíam de seu rosto, colocou luvas curtas e delicadas nas mãos, porque estava fora de cogitação ela se aproximar daquele príncipe irritante sem estar usando elas, e vai pra sala, Eduardo a esperava com um buquê de rosas vermelhas em mãos.

Eduardo: Permita-me dizer que a senhorita é a moça mais bonita que eu já vi na minha vida

Miranda: É muito gentil da sua parte príncipe Eduardo

Eduardo: Olhe, comprei flores pra você

Miranda: São minhas preferidas, muito obrigada pela gentileza -Diz pegando o buquê e sentindo o perfume das rosas

Eduardo: Não precisa agradecer, te ver feliz me enche de alegria

Miranda: Feliz? -Diz desanimada

Eduardo: É, você não ficou feliz pelas rosas? -Pergunta confuso

Miranda: Ah então é isso...sim príncipe eu gostei muito delas

Eduardo: Cadê seu pai?

Miranda: Não sei, ele deve ter ido pro quarto descansar um pouco, você sabe como é a vida de rei...

Eduardo: Escuta princesa Miranda, você gostaria de dar uma volta pelo jardim do palácio comigo?

Miranda: Claro...

Eduardo: Eu gosto bastante do jardim do palácio ele é enorme, tem flores lindíssimas

Eduardo oferece o braço pra princesa Miranda

Miranda: Desculpe príncipe Eduardo, mas não precisamos andar de braços dados pra mostrar que vamos andar pelo jardim do palácio juntos...

Eduardo: Me desculpe princesa, não quis ser indelicado...

Miranda: O problema não é você Eduardo, sou só...eu

Eduardo: Como assim Miranda?

Miranda: É coisa minha, não se preocupe, será que nós podemos ir agora?

Eduardo: Claro...

Os dois vão até o jardim do palácio

A princesa e o violinista Onde histórias criam vida. Descubra agora