Apagão.

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Ja fazia duas semanas que eu reclamava de tudo, estranhamente estava irritada com tudo. O professor passou monte de trabalhos, Taehyung me perturbava na suas horas vagas como a sua primeira namorada estava reclamando loucamente com ele por ciúmes de sua vizinha, porque ela deixava seu cachorro quando precisava com ele, eu que não tenho nenhuma experiências com namoros apenas escutava ele, enquanto lutava pra não dormi. Duas semana que eu não sei como é mais ter 8h de sono. Sem falar que tem apagões de vez em quando no prédio, minha casa fica sem energia e a casa esfria e eu não consigo dormi enquanto aquecedor fica desligado, tenho que vestir um três casacos pra evitar resfriados, mas parece que não funcionou, pois estou a caminho de casa espirrando horrores sentindo a garganta doer e um frio anormal.

Eu odiava minha vida.

Dou boa noite pro porteiro, e entro no elevador. Enquanto esperava chegar, vinha esfregando minhas mãos pra trazer o calor pra minhas mãos, me lembrando que eu precisava urgentemente de comprar luvas, já que um par de umas que eu tinha havido sumido.

Ah, quando eu chegar vou fazer um chocolate quente. Me animo com a ideia, e elevador abre. Vou a caminho da minha porta, e quando eu ia digitar a senha da porta, a energia do prédio desliga.

Ah pode de brincadeira com minha cara.

Respiro fundo e tento procura pelo sentidos da mãos o meu telefone da bolsa. Mas acabo por deixar cair a minha bolsa e escuto só minhas coisas se espalhar no chão. Sinto um no garganta e vontade imensa de chorar, sentindo falta de casa.
  Me agacho e coloco minhas mãos na testa sentindo-me chorosa. Uma onda de arrependimento batendo em mim, por ter achado que conseguiria viver sozinha de tudo e de todos.

- Na rea - escuto sua voz, é uma luz em direção a mim. Era primeira vez que eu escuto meu nome sendo pronunciada. Quando eu escuto sua voz uma onda de paz acalmou minha angústia.  - Tudo bem?

- Não, não estar nada bem. - O mesmo não fala nada, e apenas começa juntar minhas coisas, e coloca na minha bolsa, quando juntou tudo, ele pega minha bolsa e segue direção ao seu apartamento. - O que está fazendo ?

– Fique comigo até a luz voltar. -  Meu coração bate forte.Eu não protestei,porque o que eu mais queria era ficar com ele naquele momento.
Me levantei e entrei na sua casa, não sabia como descrevê-la porque eu não enxergava nada. Mas mesmo senti o cheiro, o seu cheiro exalado pela casa.

Ele iluminou o caminho para a sala. O chão era coberto por um tapete felpudo, o sofá tinha apenas dois espaços, a mesa a frente era media, e vi por cima que havia uns quadros ali, e vaso de flores pra decorar, no centro um suporte, o cobertor por cima e depois um tabua de madeira por cima, ri internamente impressiona com a sua criatividade. O mesmo fez o gesto pra me sentar, e assim fiz. Me sentei no chão e me encobri toda sentindo o calor na minha pele, me sentindo aquecida.

- Quanta criatividade.. - falei me referindo a mesa montada por ele.

- É minha parte favorita da casa. - sorri, imaginando o tanto de coisas que ele podia ter feito nessa pequena mesa. O mesmo saiu e logo voltou com duas velas acendidas, e me entregou uma, ele se sentou, não tanto ao meu lado, mas eu conseguia recostar meu pé com o dele por debaixo da mesa, me senti nervosa. Comecei a pensar se isso tinha sido mesmo uma boa ideia. Passei a semana ocupada que nem tinha percebido que meu vizinha havia mexido comigo depois de desaparecer, e voltar de viagem, nem havia pensando que eu poderia ta com problemas oculares por achar meu vizinho bonito, ou doida por pensar que ele poderia ser gentil, ta vendo!

Min YOONGI estava longe de ser gentil, ele sempre estava com cara feia, não respondia um bom dia, reclamava por mínimos detalhes, aposto que reclamava todo dia do clima, vivia com a cara amassada, e era incrível como sempre tem a mesma peças de cores pra roupas. Como? quando isso aconteceu?

- Por ...porque estava chorando? - volto a realidade, e percebo que fiquei muito calada enquanto e olhava pra mim. A luz da vela não pra ver direito seu rosto, então não sabia qual era sua expressão.

- Só estou com saudades de casa..- suspiro, e onda de sentimentos me invadem, e palavras querendo sair, mas.. não sei se é certo desabafar pro cara que eu odeio.- ás vezes me pergunto se eu consigo de dar conta de tudo, da faculdade, de não esquecer de pagar nada, de mim.... eu digo pra minha que esta tudo bem, mas na verdade estou com medo de fracassar com a minha vida. - ri nervosa, percebendo que havia falado pra ele minhas preocupações..

- Uma vez.. esqueci de pagar a conta de agua, e tive que sair sem ter limpado o cabelo, e eu percebia as pessoas olhando pro meu cabelo oleoso, e teve uma vez que voltei pra casa e ter tido uma apagão como esse e eu ter ficado do lado de fora por ter deixado a chave dentro de casa..- sorri por ele ter citado minha situação - e eu peguei pneumonia. Nunca é mais fácil, mas nem sempre vai ser difícil, com o tempo tudo fica suportável, e vai ver que não vai ter fracassado.

abaixei minha cabeça pra ele não ver o pequeno sorriso que escapou. levantei a cabeça e disfarcei me aconchegando mais na mesa.

- Entao sempre acontece esses apagões?

- A fiação tem problemas, e a dona da casa não vai atras. Não e atoa que e muito barato.

- Entao tem esse motivo das pessoas irem embora. Pensei que demoraria seculos pra achar vaga aqui. - ele ri.

- Você ainda ta durando muito aqui.

- Espero que continue assim.

o mesmo fica pensativo, enquanto nos olhávamos, mas estava escuro então cada um não via o outro. Entao não tava tao constrangedor assim. Cocei a garganta pra disfarçar e olhei pra outro lugar escuro, meu coração estava batendo a mil.

- Você viajou? -perguntei pra tirar o silencio constrangedor.

- Fui pra minha mãe. Tiro sempre uma vez no mês pra ver ela.

- e amigo da minha chefe há muito tempo..

- desde que eramos crianças.

- vocês parecem tipo.. se gostar.- yoongi permaneceu calado, e percebi o quanto estava sendo intrometida.- desculp-

- eu gosto dela.- disse de repente, sua voz saiu grave e certeira, não parecia envergonhado ao dizer isso e logo percebi que não era primeira vez que ele falava isso em voz alta.

Minha voz não saia, eu continuei o olhando no escuro, um pouco decepcionada talvez, mas porque estaria?

a luz de repente voltou e eu podia ver claramente ele me olhando de volta, e foi ali que eu percebi.. eu estava apaixonada pelo meu vizinho.

Meu vizinho reclamão - YGOnde histórias criam vida. Descubra agora