41| clima de hospital.

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| NARRADORA

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| NARRADORA

O SENTIMENTO DE ESTAR VIVA nunca foi tão bom e libertador para Clara. Realmente a gente só dá valor quando perde e isso não se refere somente aos relacionamentos amorosos ou amizades, Clara quase perdeu a vida e ter a sensação de estar viva agora é incrível, muito mais do que antes.

Júnior dividia do mesmo sentimento que Clara, quando a mulher acordou e ele abraçou o seu corpo molhado e frio, ele sentiu como se fosse a primeira vez. Quando a encontrou na banheira foi o momento mais tenso da vida dele e o mais libertador veio logo após quando ela despertou.

— Eu te amo pra caralho, Clara. Não faz isso comigo mais, eu te imploro. — fala, em meio às lágrimas e com o rosto afundado no contorno do pescoço da mulher.

— Júnior. — a mulher fala, com um tom preocupante e ofegante, o que assustou Neymar, fazendo o homem se afastar do abraço e a olhar preocupado. — Me leva pro hospital. — suplica e Neymar se levanta rapidamente, levantando a mulher também e pegando uma toalha pra enrolar na morena que tremia de frio.

Lucas não havia visto a mulher acordada, ele saiu da casa e estava lá do lado de fora, tentando se acalmar aos poucos e tentando digerir todas as informações, pra ele Clara ainda estava desacordada. Já havia ligado para a ambulância e para a polícia, já que haviam duas pessoas feridas e uma delas com uma faca no estômago. A ambulância chegou e Lucas apenas avisou aonde todos estavam, mas não fez questão de levá-los até lá, até porquê não tinha psicológico pra ver toda aquela cena.

Quando o jogador viu a família de Clara chegando ali se desesperou por ter que dar a notícia.

— E aí, irmão?! O que aconteceu aqui? — Diogo perguntou, vendo a ambulância e a polícia.

— Aconteceu alguma coisa? A gente 'tava procurando a Clara, Guilherme disse que saiu com ela, mas acabaram se perdendo. Achei que ela estivesse com vocês no hotel. — Ricardo, pai de Clara, disse.

— A gente chegou aqui e a Clara estava dentro da banheira, — Lucas começa a falar, tentando se manter forte. — afogada. Ela fez uma carta de despedida, disse que ia se suicidar.

— Não! Ricardo. — a mãe de Clara gritou, um grito embargado pelo choro e repleto de desespero, caiu de joelhos agarrada no corpo do marido, que não aguentou e começou a chorar alto, mesmo tentando passar forças a mulher.

Diogo tentou entrar na casa, mas foi impedido pelos policiais.

— É a minha irmã. — gritou, se debatendo e tentando passar por eles. — Me deixa passar, caralho. Eu tenho que ver ela.

— Precisa manter a calma. — um dos policiais disse, em inglês.

— Não quero ficar calmo, eu quero ver minha irmã, seu filho da puta. — Diogo não parava de gritar e os polícias tiveram que o afastar de vez da frente da casa.

Innocence | Neymar JrOnde histórias criam vida. Descubra agora