Capítulo 9 - Segunda chance

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DEFNE
Essa volta de Ömer estava me enlouquecendo! Ele insiste em conversar, mas eu não quero estar perto dele! Parece que toda vez que ele se aproxima eu saio de mim, eu não sou eu mesma, fico à mercê dele. Tenho medo de não resistir e eu não posso me entregar. Não mais!
Mas ele é tão franco e direto, tão intenso... Ele não faz rodeios, diz claramente que me quer e o quanto me deseja, vem e se apodera de todo o meu biossistema. Ele me seduz, como nenhum outro jamais conseguiu, eu me sinto muito atraída por ele, sinto falta dos seus beijos, do seu corpo, de suas mãos em mim e da sua boca na minha pele, só dele se aproximar e sentir seu cheiro... Ah, Ömer. Ah! O que eu faço com você?!
Ontem ele deixou claro, que queria que eu fosse dele e, depois teve aquela crise de ciúmes, cercando o carro de Pamir, completamente fora de si, como se eu fosse sua posse. Hoje ele veio suave, todo doce para me pedir desculpas e dizer que me ama, me seduzindo. Muito difícil resistir a ele...
Eu demorei, mas adormeci, completamente perturbada, com tudo o que aconteceu nos últimos dias. Sonhei com Ömer a noite toda, fazendo amor comigo, me beijando inteira, como só ele sabe, e que me deixa louca. Acordei com o coração acelerado e toda molhada.
Durante o último ano, isso aconteceu algumas vezes, mas não com essa intensidade. Será por conta das saudades e da proximidade?!
Preciso de um banho frio...

ÖMER
Voltei para casa animado com a possibilidade dela ainda me amar. Eu estava tão eufórico, que demorei para dormir, entorpecido com a proximidade dela, nos últimos dias. Na verdade, além de amá-la como um louco, eu a desejo como a nenhuma outra mulher. Chegar perto dela, toca-la, sentir seu cheiro já aciona todos os meus sensores e eu tenho de me segurar para não agarra-la. Sonhei com ela a noite inteira, fazendo amor, beijando cada parte do seu corpo e ela do meu... Foi muito intenso, pareceu tão real. Acordei todo melado e fui tomar uma ducha fria, para acalmar todo o tesão, que eu estava sentindo. Depois fui correr no calçadão de madrugada, para gastar energia.

Eu estava tão animado, que fui ao barbeiro, cortei o cabelo, aparei a barba e, como meus ternos, costumes e camisas haviam chegado, escolhi um look novo para renovar a alma. Fiquei satisfeito com o que vi no espelho, pois fazia tempo que não me arrumava assim...

Pela manhã, fui ver Usta e encontrei com Iso, que me encarou como se estivesse me desafiando e se retirou, sem me dirigir uma palavra

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Pela manhã, fui ver Usta e encontrei com Iso, que me encarou como se estivesse me desafiando e se retirou, sem me dirigir uma palavra. Usta se mostrou chateado com a situação, mas logo mudamos de assunto. Ele me falou do neto e eu perguntei sobre como tinha sido o último ano para Defne.
SU: Acredite! Você não gostaria de saber, seria muito difícil para você. Ela passou por maus momentos e, certamente, essa é a razão da atitude de Iso, para com você. - Eu baixei os olhos. - Fico feliz de tê-lo aqui e bem, mas a forma como você agiu, converteu você de vítima para culpado. E como foi para você?
Ö: Passei por maus momentos também e conclui, que a quero cada vez mais... - Ele me olhou com preocupação.
SU: Depois de um ano, muitas coisas mudaram. Não quero te desanimar, mas é bastante tempo.
Ö: Sim! Mas, tem coisas que nunca mudam, algumas mudam um pouco e outras mudam para melhor. - Ele concordou.
SU: Procurem ao menos não se machucar mais?! - Eu assenti.
Naquele dia eu a encontrei na hora do almoço, em um restaurante próximo da empresa. Ela estava com o Sr. Ali e Pamir, que era só sorrisos para ela. Percebi que ela me mediu da cabeça aos pés, assim que eu entrei e que olhou algumas vezes em nossa direção, discretamente.

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