Capítulo 11 - Preciso de você

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"...Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua
Qualquer frase exagerada que me faça sentir alegria, em estar vivo...

...Hoje preciso de você
Com qualquer humor
Com qualquer sorriso
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje."

SÓ HOJE
canta:  Jota Quest
Compositores: Fernanda Mello / Marcio Tulio Marques Buzelin / Marcos Tulio De Oliveira Lara / Paulo Alexandre Amado Fonseca / Paulo Roberto Jr. Diniz / Rogerio De Oliveira
Letra de Só hoje © Sony/ATV Music
Publishing LLC

DEFNE
Hoje quando eu cheguei na empresa, estava uma confusão. Um dos sapatos da nova coleção da Passionis estava com suspeita de plágio, pois era idêntico ao de uma grife italiana. Eu achava impossível. Conversei com o Sr. Ali, expus minha opinião e fui até a lá ver o que estava acontecendo.
Encontrei Pamir e Seda na recepção, já que a empresa deles fica no mesmo prédio da Passionis, e ele perguntou onde eu estava indo. Expliquei...
P: Então você acha, que Ömer é inocente? - Eu assenti.
D: Eu fui sua assistente pessoal, por muito tempo e tenho certeza, que ele jamais faria isso. - Ele meneou a cabeça e questionou.
P: Tem certeza?! E um designer de uma grife italiana de renome internacional faria? - Questionou de um jeito meio sarcástico.
D: Certeza absoluta! Ele pesquisa muito, acompanha revistas, sites, tendências nacionais e internacionais. Jamais copiaria algo. - Afirmei com convicção.
S: Mas você está desconfiando do seu primo?! - Seda perguntou com estranheza. 
P: Não! Mas como ele morou lá, pode ter visto algo e se inspirado... - Eu neguei com a cabeça.
D: O processo criativo dele é diferente, inspirado no que ele está vivendo, ou sentindo...
P: Você quer dizer que ele precisa de uma inspiração, ou tem uma musa inspiradora?! - Eu preferi não responder a insinuação dele.
D: Ele é muito talentoso e criativo. Não precisa copiar ninguém! E, como você deveria saber, tem um caráter irretocável. - Ele riu de canto. - Bem, eu vou até lá falar com eles! Boa tarde.
Nos despedimos e eu fui.

Assim que cheguei no andar deles, encontrei Derya, que estava bastante apreensiva, com medo de falar com Ömer, pelo nervosismo dele.
D: Não é para menos. Mas, o que houve? Como ficaram sabendo? - Perguntei.
Derya: Parece que a Feryal ficou sabendo e avisou o Sr. Sinam. - Fui em direção a sala dele. - Boa sorte!
D: O que houve?! Como você está? - Ele se levantou e veio na minha direção.
Ö: Eu não sei como isso aconteceu! Eu não copiei ninguém, mas como vou provar?! - Falou alterado.
D: Foi apenas um sapato, ou a coleção?!
Ö: O sapato tema da coleção, o "segunda chance"! - Ele olhou nos meus olhos.
D: E se conferíssemos a data em que você passou para o computador? - Ele me olhou pensativo. - Você costumava desenhar e logo salvar! Isso mudou?
Sinam veio e disse que precisava falar com ele em particular.
Ö: Você me espera?! - Eu assenti.
Enquanto eu o aguardava, Derya me mostrou o catálogo da coleção e trouxe o "segunda chance" para eu ver. Ömer é realmente muito talentoso! Eu tinha visto alguns modelos, mas não a coleção inteira e, apesar do tempo que ficou afastado, ele só se supera.
D: É 37? - Ela assentiu. - Posso experimentar?
Derya: Coloca sim! Estou curiosa. Ninguém de nós calça esse número. - As outras meninas ficaram em volta, aguardando o resultado. Eu fiquei em pé, olhando no espelho, e elas pediram para eu desfilar... Eu caminhei olhando para os pés, admirando o sapato e, de repente percebi, que todas ficaram em silêncio. Quando levantei a cabeça, Ömer e Sinam estavam me observando. Fiquei sem graça e fui sentando, para tirar os sapatos.
D: Desculpem! Vocês com um problema desses e eu... - Ömer me interrompeu.
Ö: Ficou perfeito! Exatamente como eu idealizei... Por favor, levante-se! - Estendendo a mão, para mim. Eu fiquei de pé, com ele atrás de mim, olhando no espelho.
D: É muito lindo! - Ele se abaixou e falou no meu ouvido.
Ö: Não mais que você! - Eu ruborizei. - Vou tirar uma foto. Posso?! - Eu assenti. Quando fui tirar os sapatos ele disse. - São seus.
D: Mas... - Ele me encarou e eu não consegui recusar. - Obrigada!
S: Ömer eu vou fazer o que combinamos e depois vou para sua casa. - Ele concordou.
Eu o acompanhei até a sua sala e conversamos sobre as possibilidades de resolvermos a situação!
D: Procure relaxar, vocês vão conseguir provar a verdade! - Mas ele estava muito tenso.
Ö: Eu acho que vou para casa, tomar um banho, colocar algo confortável e buscar provas. Vamos comigo?!
D: Eu estou trabalhando... - Ele revirou os olhos e continuou andando. Pensei melhor e conclui, que eu deveria ser mais solidária. Liguei para o Sr. Ali e avisei, que não voltaria mais hoje. Ele concordou.

SERÁ ILUSÃO?Onde histórias criam vida. Descubra agora