𝐌𝐀𝐑𝐈𝐀 𝐄𝐃𝐔𝐀𝐑𝐃𝐀 𝐒𝐄𝐌𝐏𝐑𝐄 se sentiu muito sortuda. Ela tinha uma família que a amava mais do que tudo e que fazia de tudo por ela, mesmo sem terem o mesmo sangue que ela, algo que nunca a fez se sentir menos amada ou menos parte da famí...
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Depois de passar algumas horas na comemoração do Brasil e dormir bem pouco e mal por conta da dor na garganta, devido ao uso excessivo da voz e também das bebidas totalmente geladas que tomou, Madu foi tomar café da manhã com seus amigos e seu pai, que queria conhecer melhor os amigos da filha.
— Então vocês duas se conhecem desde a pré-escola? — Diego perguntou e Madu assentiu.
— Percebi que nossa amizade seria linda quando ela me bateu com uma tartaruga de pelúcia depois de eu roubar uma boneca dela na brincadeira. — Carol disse e os outros riram.
— Te ensinei que roubar é feio, olha como sou importante na sua vida. — Maria disse com a voz levemente rouca.
— E depois a gente conheceu o Léo e foi aí que nossa paz acabou. — Carol disse e Leonardo deu um peteleco no braço da amiga. — Brincadeira, credo.
— Qual parte das famílias de vocês é brasileira? — Diego perguntou rindo de leve.
— A da minha mãe, eles são de Minas. — Gabriela contou. — Minha mãe foi fazer faculdade de jornalismo na Espanha e conheceu meu pai, eles casaram e quando eu tinha dois anos nos mudamos para Minas, três anos depois a gente voltou pra Espanha. Mas todo ano eu vou pro Brasil visitar minha família.
— Minas Gerais? — Diego perguntou. — Minha família toda é de lá.
— Sério? — Maria e Gabi perguntaram juntas.
— Sim, minha mãe fazia o melhor pão de queijo e o melhor doce de leite. — Diego disse e Maria sorriu.
— Que saudade de um pão de queijo com doce de leite. — Diego e Maria disseram juntos sorrindo.
— E você, Leo?
— A família do meu pai é toda de Novo Hamburgo. — Leo contou. — Minha mãe foi pro Brasil passar férias com a família e os dois se conheceram no Recife durante uma festa na praia que eles foram. Eles se casaram uns seis anos depois, foram pra Espanha, eu nasci e quando eu tinha uns seis anos a gente se mudou pro Brasil.
Depois de passarem mais algum tempo ali, eles voltaram para seus hotéis. Madu resolveu ficar um pouco quieta e aproveitou o tempo para criar algumas animações, algo que ela adorava fazer, além de criar vários templates e coisas do tipo no Canva.
Quando eram por volta das 16h, Madu se arrumou para o jogo da Espanha, vestindo a camiseta de Pablo e pintando as listras vermelhas e amarelas na bochecha e fez duas trancinhas nas laterais do cabelo. Quando ela já estava pronta, pegou sua bolsa e guardou as coisas dentro da mesma antes de sair e ir se encontrar com seus amigos na recepção do hotel.
— Como é gostoso não ter essa voz de taquara da Madu no nosso ouvido. — Leo disse passando o braço pelo ombro da amiga.
— Para de arriar ela, depois não aguenta o tranco. — Carol falou abrindo a porta do táxi.
