𝐌𝐀𝐑𝐈𝐀 𝐄𝐃𝐔𝐀𝐑𝐃𝐀 𝐒𝐄𝐌𝐏𝐑𝐄 se sentiu muito sortuda. Ela tinha uma família que a amava mais do que tudo e que fazia de tudo por ela, mesmo sem terem o mesmo sangue que ela, algo que nunca a fez se sentir menos amada ou menos parte da famí...
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Maria estava caminhando até o hotel de seu irmão. Estava nervosa para saber o que Muriel queria tanto falar, embora tivesse certeza que era sobre as coisas que estavam falando sobre ela. Ao chegar no hotel, ela foi barrada pelo segurança, mas outro segurança a liberou quando a reconheceu.
Enquanto subia até o andar de seu irmão, Madu respirava fundo e cantarolava as músicas que conseguia lembrar. Ao chegar na porta do mesmo, ela bateu duas vezes e logo já estava dentro do quarto ouvindo a voz de Muriel no computador de Alisson.
— Rápido mesmo, tchê, não tive nem tempo de fazer o Alisson ficar no meu time. — Maria disse se sentando em uma das cadeiras da mesinha redonda que tinha ali. — Oi, Muri, meu lindo.
— Sem essa, Maria Eduarda. — Muriel disse e Maria olhou para suas mãos.
— A coisa 'tá feia pra mim. — Maria murmurou bem baixinho. — Olha, o que eu fiz?
— Eu que te pergunto, Maria. Sabe o quanto ficamos preocupados ao ver o tanto de tweet falando aquele monte de barbaridade sobre sua pessoa? — Muriel perguntou e Maria negou.
— Mas eu estou bem. Não tem com o que se preocupar. — Maria disse tentando tranquilizar o irmão.
— Madu, como tu estaria se visse milhares de comentários mandando uma pessoa que tu ama se matar? — Muriel perguntou e Maria abaixou o olhar para suas mãos.
— Muito mal. — Maria disse. — Mas aquilo foi uma grande bobagem.
— Não pra gente, Madu. Não é a primeira vez que você passa por algo desse tipo e você quase se deixou levar por tudo o que falaram na última vez. — Alisson disse e Maria olhou para o irmão ao seu lado e para o irmão no computador.
— É, mas eu tinha quatorze anos e agora eu tenho dezoito. As coisas não me afetam mais da forma como me afetaram. — Maria disse e Muriel negou com a cabeça.
— O pivô de tudo isso foi outro guri, como estão mostrando todas as páginas de fofoca possíveis? — Muriel perguntou e Maria riu pelo nariz negando.
— Não? — Maria disse antes de ver a cara brava de seu irmão e Alisson apoiar um dos braços na mesa. — Talvez.
— Maria…
— Sim, foi. Foi por causa de um guri. — Maria disse. — Mas esse vale a pena…quer dizer, ele não é um idiota.
— Você conheceu ele quando e como? — Muriel perguntou e Maria contraiu a boca em uma linha fina. — Quando e como você conheceu ele, Maria Eduarda?
— No dia 17 de novembro. Eu tinha acabado de chegar no hotel e encontrei ele dormindo no meu quarto de hotel. — Maria falou e os dois irmãos arregalaram os olhos. — Ele teve que ficar no meu hotel antes de ir para as acomodações da Universidade de Doha, aí a recepção do hotel entregou a chave errada pra ele. — ela continuou, não dando tempo dos irmãos falarem algo. — Fomos juntos até a recepção e acabamos ficando presos por mais ou menos meia hora no elevador. Nos demos bem e ele pediu meu número de telefone…
