[ᥴ᥆ᥒᥴᥣᥙίdᥲ] . Aos olhos de Hayun, Jake era apenas um adolescente rebelde que precisava de um bom corretivo para tomar rumo em sua vida. Mas, aos olhos de Heeseung, padrasto de Jake, o castigo que o garoto precisava para criar bons modos era o que...
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JAKE SOBRESSALTOU na cama, se assustando ao olhar pelas persianas da janela e notar que já era de noite.
Hayun só podia ter colocado algo em seu suco para que dormisse a tarde toda e acordasse aquele horário.
Pegou o celular entre os lençóis vermelhos da cama, tomando um segundo susto ao ver que já era mais de meia-noite.
Queria muito acreditar que estava apenas descansando e que não fora dopado pela mulher.
Levantou da cama, tirando as roupas do almoço, fazendo o mesmo com os acessórios, trocando tudo por um pijama da Hello Kitty.
Por trás de todas aquelas "trevas" do garoto, ele era apenas um adolescente que gostava de coisas consideradas fofas e em especial da Hello Kitty.
Deixando aqueles pensamentos de lado sobre sua mãe, Jaeyun saiu do quarto e encontrou tudo como esperava; escuro.
Caminhou cegamente até a cozinha, apoiando as mãos na parede e estranhando a luz fraca que vinha do cômodo.
Se colocou nas pontas dos pés e seguiu em silêncio, tentando não causar nenhum ruído, ficando surpreso ao ver Heeseung de costas e pensativo bebendo um copo de água.
Os olhos do traquina desceram pelas costas nuas do homem que só vestia uma bermuda, tentando não imaginar o motivo dele estar assim.
Coragem a dele de comer sua mãe.
Guerreiro.
Pensamentos assim rondavam sua cabeça, rindo baixo e acabando por chamar atenção do homem que se virou assustado, vendo o garoto ali.
Heeseung poderia ter reparado em tudo mas seus olhos pousaram nas vestes do garoto. Estava totalmente diferente do que havia visto hoje mais cedo no almoço.
O pijama da Hello Kitty caia perfeitamente no corpo do mais baixo. A pele leitosa à mostra, tão diferente de algumas horas atrás, a blusa que parecia o dobro do tamanho dele mas que o deixava adorável, a parte de baixo que quase não cobria suas coxas grossinhas.
Heeseung engoliu a seco quando notou que estava observando demais aquela parte em específico do corpo do enteado.
─ O que está fazendo aqui? ─ Heeseung perguntou, voltando a beber água pois curiosamente sua boca ficou seca.
─ Que eu saiba essa é minha casa? Eu que pergunto, o que um homem tão... Bonito está fazendo na minha cozinha? ─ O sorrisinho ladino dançava nos lábios grossos e macios do rebelde, se aproximando cada vez mais de Heeseung que ficava em alerta.
Aquele garoto era um perigo.
─ Perdão, eu vim beber um copo de água mas já estou subindo para o quarto de sua mãe. ─ Riu nervoso.
─ Céus, eu não entendo. O que você viu nela? ─ Decidiu perguntar o que estava preso há tempos na garganta, se sentindo aliviado. ─ Ela tem o dobro da sua idade, não que eu me importe com isso mas você me entendeu, você é muita areia pro caminhãozinho quebrado dela aguentar.
Lançou, deixando Heeseung estático.
─ Eu... Bom, eu... ─ Começou, limpando a garganta e deixando o copo vazio encima da pia. ─ Sua mãe é uma mulher maneira, gosto da companhia dela.
Mentiu.
Jake viu nos olhos dele que ele estava mentindo.
─ Então você precisa de terapia. Não sabe o quanto essa mulher é má. ─ Decidiu deixar o outro com essa pulga atrás da orelha, se aproximando mais. ─ Estranho eu ter dormido a tarde toda, não acha?
─ Você estava dormindo? Sua mãe disse que tinha ido para a casa de um amigo. ─ Heeseung franziu o cenho, trincando o maxilar e aquilo foi uma visão fodidamente gostosa que Jake agradeceu aos céus por poder vislumbrar nesse momento.
─ Acho que ela não é sincera com você, Hyung.
Hyung, aquilo saindo da boca do mais baixo deixava Heeseung louco.
As mãos de Jake pousaram no peitoral do moreno, se permitindo tocar a pele macia e firme do homem, não vendo nenhuma relutância da parte dele.
─ Você é tão lindo, não sei se é sorte dela ou azar seu. ─ Revirou os olhos claros em desdém, sentindo as mãos de Heeseung caírem sobre o quadril pequeno mas volumoso, ofegando com o aperto no local.
Ele tinha uma pegada tão quente, um simples gesto amoleceu Jake.
─ Notei que você anda me provocando bastante, pirralho... O que ganha com isso? ─ Disse baixo e bem próximo da orelha de Jake, descendo o rosto até o pescoço, aspirando o aroma delicioso de sua pele.
─ Eu ganho sua atenção, Hyung! ─ Respondeu sincero, sendo levado pelos toques de Heeseung, deixando um gemido manso escapar ao ter o traseiro apertado com gana.
─ Cacete, moleque. Você é uma delícia, aquela hora do almoço que usou esse pézinho de vagabunda pra me atiçar me deixou louco, tive que pensar em muitas coisas ruins para não ficar duro e ter que resolver isso de um jeito que eu não gosto. ─ Estava falando de sua mãe, Jake teve quase certeza.
Heeseung finalmente havia caído na armadilha de Jake e agora não tinha volta, só aquelas palavras já mostravam o adúltero que era e desejava ardentemente o filho de sua noiva.
─ Ela não dá conta, né? Eu vejo, você parece nada satisfeito com esse noivado. ─ Atreveu-se a dizer, recebendo como resposta um aperto forte no traseiro que arrancou do mais baixo um gemido que fora rapidamente contido pela mão livre do homem.
─ Não se esqueça que sua mãe está dormindo no andar de cima, pirralho. ─ Ralhou baixo, destampando aos poucos a boquinha bonita dele, deslizando o polegar pelo lábio superior, pressionando o dígito no inferior também, percorrendo todo aquele local vermelhinho e volumoso.
Heeseung estava desejando o filho de sua noiva, isso era tão errado e sujo, era tão perigoso mas, era gostoso.
─ Me beija, Heeseung. ─ Pediu manhoso, deixando beijinhos no polegar do homem, ousando passar a língua úmida e quentinha na pele dele, deixando-o ofegante.
Aquilo foi o estopim para que ele tomasse os lábios do enteado, iniciando um ósculo desesperado que foi muito bem retribuído por Jaeyun que sorriu vitorioso em meio ao beijo.
O beijo de Heeseung era quente, ele sabia usar a língua e o beijo parecia se encaixar tão perfeitamente, como se suas bocas tivessem sido feitas para estarem juntas.
As mãos firmes do homem subiram novamente para a cinturinha do garoto, apertando e marcando a pele leitosa por baixo da camisa enorme, arranhando o local de forma desejosa.
Jake se deixava levar pelas ações do homem, doando-se para ele enquanto sentia o sabor forte de menta da sua boca, decidindo que aquele era seu novo sabor favorito.
Romperam o beijo quando por descuido o homem bateu o cotovelo no copo de vidro, derrubando no chão e fazendo um barulho estrondoso.
Foi questão de segundos para que passos fossem ouvidos, deixando ambos sem reações.
