Vingança, Voyeurismo┊𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢𝐝𝐚
Enquanto trabalha como stripper à noite, um estranho de terno entrega a Park Jimin seu cartão de visita com uma oferta que parece boa demais para ser verdade: trabalhar como performer na Decadentia; uma luxuos...
╴╴╴╴╴╴╴╴╴╴ Namjoon localizou onde Park estará e ele e Jungkook tem um plano. ︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶
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A segunda semana de junho traz um calor úmido. Tem sido uma primavera seca na maior parte, mas algumas tempestades tardias chegam, trazendo umidade da costa oeste. Ela perdura até tarde da noite e depois que o sol nasce, lançando condensação nas janelas de vidro e corrimãos de metal. O orvalho pinga da vegetação que pontilha as estruturas monocromáticas de Nova Seul.
Esta noite está úmida. É quase pôr do sol, e com a noite vem um brilho úmido pairando sobre a cidade como se tivesse sido pintado nas ruas. Jimin passa os dedos pelos cabelos enquanto caminha, recusando-se a deixá-los soltos pelo ar pegajoso. Mas, felizmente, há uma leve brisa que consegue evitar que ele sue (suar) muito.
Jimin chega a um pátio centralizado entre quatro prédios. Cornisos de flores brancas salpicam a calçada entre barracas de comida e bancos. Ele não pode deixar de pensar que a natureza plantada é sempre uma contradição interessante entre a arquitetura elegante e a tecnologia.
Ele está muito ocupado admirando a folhagem para perceber quem chega por trás dele. Ele se assusta quando uma voz baixa murmura em seu ouvido:
— Você está aqui?
Jimin gira, batendo inofensivamente no braço do mais novo. Seu medo patético dura pouco quando a percepção de que é apenas Jungkook se instala dentro dele. Ele veio aqui planejando encontrar Jungkook, mas ainda sente uma sensação de alívio sabendo que é ele de qualquer maneira. Essa calma se acumula no estômago de Jimin como mel quente.
— Você não poderia simplesmente tocar no meu ombro? — Jimin repreende.
— Isso não é muito divertido. — Jungkook diz. Jimin sorri, esperando que o mais novo corresponda, mas ele não o faz. Jimin pretende perguntar se está tudo bem, mas não tem a chance. — Com fome? — Jungkook pergunta antes que possa, apontando para a infinidade de barracas de comida alinhadas. — Vamos, vamos comer. Sua vez.
Jimin não é um comedor exigente, mas de certa maneira, gostar de tudo pode tornar a escolha de uma refeição ainda mais difícil. Ele finalmente decide fazer um negócio de fusão, e os dois se acomodam em uma mesa encostada ao lado da barraca com tacos wagyu e chás de frutas tropicais. Enquanto eles comem, Jungkook pergunta para onde Jimin iria se ele fizesse uma viagem. Jimin diz que há muitos lugares. Ele tem uma lista mental.
— Por que você não foi a nenhuma delas? — Jungkook pergunta.
Jimin dá de ombros.
— Ninguém com quem ir. — Mas logo depois de dizer isso, ele acha que não é totalmente verdade. — Bem, Namjoon iria se eu pedisse, provavelmente. Ele é alguém que aprecia o mundo. Talvez seja por isso que nunca perguntei a ele.
Jungkook inclina a cabeça, a pergunta que ele quer fazer no gesto.
— Namjoon é um autor. — Jimin explica, como se fosse óbvio. — Ele gosta de móveis, pinturas e natureza. Ele vai olhar para duas linhas em uma tela e resumir a dor interna do pintor, enquanto isso eu vou pensar, Hm. Essa pessoa rabiscou apenas duas linhas, mas tem seu trabalho exposto em um museu. Se eu for a qualquer lugar com ele, acho que vou acabar me odiando. Além disso, ele gosta de fazer um roteiro completo. Quando ele viaja, é uma viagem.
