Capítulo 15

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Dias atuais...

Puxo meus óculos para fora do meu rosto para eu poder coçar meu olho.

Já se passava das dez da noite e eu ainda estava trabalhando no projeto designado à mim por Denise. Não importava se eu estava de férias, eu faria tudo o mais rápido possível para chegar em Boston com tudo pronto e entregar direto para minha chefe. Essa era uma grande chance e eu não ia desperdiçar ela.

Mesmo que eu ainda estivesse nessa merda de cidade.

Faz cinco dias desde a festa de reeleição de Richard, a qual eu fugi para um bar com Fitz depois daquele discurso ridículo. Eu teria ido embora a muito tempo se Richard não tivesse insistido em termos um “jantar em família”, antes de eu voltar para Boston. Eu lembrava como era esses jantares e não estava nenhum pouco animada para isso. E o único motivo para eu não ter voltado para Boston um dia depois da festa foi porque também tinha prometido Fitz em ir na sorveteria experimentar os novos sabores e o ajudar com novas ideias.

Eu ainda não tinha ido até a Gelatto & Paixão, mas Richard ainda não tinha acertado que dia seria esse jantar, pelo visto sua reeleição trouxe mais trabalho, ainda mais com a surpresa que foi ter reaberto o Caso Swan e o desaparecimento de Vani.

Eu pensava que isso era apenas balela para poder dar uma boa impressão e passar um sentimento de justiça e segurança para os habitantes dessa cidade infernal, até passar em todos os jornais que a polícia voltou a interrogar pessoas e revisar tudo que fizeram de errado há anos para não conseguirem ter pegado o assassino, ou achado a neta de uma das figuras mais importantes do Canadá.

Se essa cidade já era estranha antes, agora estava mais. Todos pareciam estar desconfiando um dos outros, acusando uns aos outros disso, como se não pudesse ter sido alguém de outra cidade ou até outra província. Talvez o assassino esteja em outro continente há anos, por isso nunca o encontraram. Mas era desse jeito que as coisas funcionavam por aqui, todos apunhalando as costas um dos outros.
Esse era o motivo de eu ter ficado esses cinco dias trancadas no quarto do hotel que aluguei, apenas saindo para pegar comida ou visitar Fitz em seu apartamento no centro.

Eu me sentia bem mais segura dentro dessas quatro paredes do que ao ar livre dessa cidade. E prometi que assim eu ficaria até eu ir embora, a minha passagem de avião já estava comprada para a tarde do dia vinte e cinco, e se Richard não planejasse esse jantar até lá, seria azar o dele, pois eu estou indo embora daqui antes que eu me afogasse em toda essa merda de brincadeira de bonecas que eles fazem desde que eu sou criança, até antes disso.

Leio o parágrafo do contrato uma dez mil vezes tentando interpretar o que o cliente queria, mas acho que depois de vinte páginas revisadas quatro vezes cada o meu cérebro tinha simplesmente atrofiado. O barulho do ar condicionado quebrado também não ajudava minha mente a pensar.

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